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Economia
Petrobras inicia processo de retomada do controle da Rlam
Estatal realiza levantamento de informações e monitora demissões da Acelen, atual controladora da refinaria
A Petrobras iniciou a fase de avaliação dos negócios da Refinaria de Mataripe - antiga Refinaria Landulpho Alves (Rlam), com a finalidade de retomar o controle da planta e desenvolver o projeto de uma biorrefinaria integrada na Bahia.
O processo de 'due diligence' (investigação de informações) dos ativos já foi iniciado, assim como a discussão sobre o modelo de negócio adequado. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) acompanha com atenção o movimento da companhia.
“Estamos acompanhando de perto essa negociação, inclusive as demissões que a Acelen vem promovendo enquanto a Petrobras negocia a volta da empresa ao controle. A dispensa de pessoal é absurda, não faz sentido, precisaremos de mão de obra qualificada e a ideia é não só a retomada, mas também o crescimento da Petrobras na região, com a criação da biorrefinaria”, alerta.
A Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen - empresa criada pelo grupo árabe Mubadala Capital para gestão do ativo, desde a sua privatização, em 2021 - tem capacidade de produção de 377 mil barris/dia de produtos de alto valor agregado.
Além de GLP (gás de cozinha), gasolina, diesel e lubrificantes, a refinaria é a única produtora nacional de 'food grade', uma parafina de teor alimentício utilizada para fabricação de chocolates, chicletes, entre outros, e de n-parafinas, derivado utilizado como matéria-prima na produção de detergentes biodegradáveis.
A Rlam é a segunda maior refinaria do Brasil e é responsável pelo abastecimento de todo o estado da Bahia, além de outros no Nordeste e Minas Gerais.
