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FINANÇAS

Planos de previdência privada para crianças e jovens têm alta de 30%

Investimentos na modalidade receberam R$ 1,75 bilhão, entre janeiro e agosto deste ano

Por Júlia Isabela*

07/11/2022 - 6:00 h
Patrícia acredita  que a rentabilidade impulsionou os planos para menores de 18 anos
Patrícia acredita que a rentabilidade impulsionou os planos para menores de 18 anos -

Os planos de previdência privada com beneficiários menores de 18 anos receberam R$ 1,75 bilhões em aportes de janeiro a agosto deste ano, de acordo com dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O número indica aumento de quase 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescimento de investimentos feitos por pais em nome dos filhos pode significar uma movimentação das famílias em prol de mais segurança financeira para o futuro, mas também é reflexo de outros fatores, segundo especialistas.

“Existe a retomada como um todo do mercado da previdência. Isso pode ser consequência do cenário econômico um pouco melhor, da pequena melhora nas taxas de desemprego, melhora na renda, então o mercado de previdência no geral tem crescido um pouco acima de 10% esse ano, o que ajuda os planos jovens e infantis, estes que tiveram crescimento em torno de 30%”, analisa Estevão Scripilliti, membro da Comissão de Investimentos da Fenaprevi.

Para Scripilliti, o pós-pandemia também influenciou em uma maior busca por proteção financeira por parte das famílias. "A saída da pandemia nos deixou com essa percepção de uma necessidade de proteção maior, acho que todo mundo está saindo com uma conscientização do que são os riscos de um evento inesperado de problemas de saúde, de um evento de desemprego ou até de morte”.

Já Patrícia Lucena, contadora e professora de Contábeis da Unijorge, acredita que altos índices de rentabilidade podem ter impulsionado os aportes em planos de previdência privada para menores de 18 anos.

“Esses investimentos ocorreram muito provavelmente por conta da rentabilidade que pode estar sendo mais atrativa do que a de outras aplicações, como de fundo CDB, por exemplo, e com certeza muito mais atrativa do que a da poupança”, diz Patrícia.

“Em planos novos, provavelmente é a correção da rentabilidade do fundo que está sendo mais atrativa de se investir, porque esse fundo está sendo aplicado em algum lugar de forma que haja uma valorização do montante”.

Tipos de produtos

A contadora ressalta, no entanto, que é importante estar atento ao tipo de previdência privada que será escolhida pelo beneficiário e às cláusulas contratuais que serão acordadas, já que essas que irão definir os termos da rentabilidade.

O economista e professor Marcelo Ferreira explica que os produtos de previdência funcionam como uma poupança mais qualificada, na qual quem investe, além de ter acesso a ativos mais rentáveis, tem também o amparo de ver seus investimentos serem realizados por um gestor profissional. “O profissionalismo ajuda ainda mais quando se trata de planos para menores de idade, pois estes têm mais tempo para progredir financeiramente”.

Ferreira esclarece ainda que os fundos de previdência privada, basicamente, se dividem de duas formas: pelo regime de tributação do Imposto de Renda (IR), que pode ser progressiva, em que o percentual a pagar de IR aumenta de acordo com o valor acumulado, ou regressiva, em que esse percentual reduz a cada dois anos até o décimo ano de investimento. Por esta ótica, para menores, a tendência é que a tributação regressiva seja a melhor escolha.

“A outra divisão é pelo tipo, que pode ser Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), melhor para quem declara o IR pelo modelo completo, e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), mais recomendado para quem declara no modelo simplificado ou já obtém todo o limite de deduções de outras formas”, diz o economista.

Para Estevão Scripilliti, da Fenaprevi, o benefício de um plano previdenciário infantil é já ter o jovem como titular e não precisar fazer uma migração de reserva do pai para os filhos no futuro, com isso não há o recolhimento de imposto em nenhum momento durante a acumulação do jovem, o que é muito vantajoso a longo prazo.

“Por exemplo, se eu tivesse uma previdência para mim e fizesse passar esse recurso pro meu filho em algum momento, eu teria que fazer um resgate da minha previdência e recolher a alíquota de imposto de renda para fazer um novo investimento para ele, já tendo uma tributação. Então o benefício de fazer direto é que o filho acumula o dinheiro ao longo do tempo sem nenhuma incidência no meio do caminho. Isso é muito poderoso”.

Marcelo Gentil, 46 anos, é profissional de Relações Públicas e pai de dois filhos (5 e 2 anos), ambos já beneficiários de previdência privada. “Sempre acreditei na lógica do sacrifício presente para benefício futuro e desde muito cedo compreendi que a vida é cíclica, feita de altos e baixos. Ou seja, é preciso pensar no futuro desde a mais tenra idade. Por isso, a família optou por esse tipo de investimento dentro de uma carteira diversificada”.

Gentil considera que a maior vantagem da previdência infantil é o regime tributário regressivo. Além disso, a alocação do recurso em uma visão de longo prazo, com rentabilidade acima dos indicadores de investimento mais conservadores também é outro diferencial.

“Escolhemos planos com uma cesta variada e regime tributário regressivo, favorecendo uma visão de longo prazo, acredito que é uma opção atrativa e com boa rentabilidade”, diz.

Scripilliti aconselha os pais interessados nesse investimento a primeiro fazer simulações, oferecidas pelas instituições, e a também conversar com um gerente ou um especialista que possa esclarecer eventuais dúvidas. Ele ainda diz que hoje o serviço está bem democratizado, sendo de fácil acesso para todos.

“O ticket de entrada vai de R$ 1 a R$ 50. Acho que hoje não é uma restrição o volume de recursos que você tem para investir. A gente tem ofertas muito homogêneas para os diferentes perfis de renda”, explica.

O economista Marcelo Ferreira também orienta as famílias em busca de previdência privada. “O primeiro passo é pesquisar, de preferência em instituições financeiras que você já conhece, as informações disponíveis sobre o fundo. Além disso, a rentabilidade obtida no passado é uma informação importante, mas não é garantia de rentabilidade futura, servindo apenas como referência. Por fim, é fundamental ter a disciplina de manter os aportes mensais, porque são eles que vão alavancar os rendimentos e facilitar o processo de formação de patrimônio”.

*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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Tags:

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