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FINANÇAS

Preços mais estáveis e juros elevados favorecem aplicações conservadoras

Momento é oportuno para investimentos em renda fixa

Venicius Rodrigues*

Por Venicius Rodrigues*

22/12/2025 - 4:48 h
Gabriel é cauteloso na hora de aplicar o seu dinheiro: ‘Prefiro algo que renda um pouco menos, mas que seja mais seguro’
Gabriel é cauteloso na hora de aplicar o seu dinheiro: ‘Prefiro algo que renda um pouco menos, mas que seja mais seguro’ -

A inflação oficial fechou novembro em 0,18% e passou a acumular 4,46% em 12 meses, dentro do intervalo de tolerância da meta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo cenário, o Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano, preservando um ambiente de juros elevados que segue valorizando a renda fixa. Com isso, investidores voltam a comparar opções pós-fixadas, prefixadas e títulos atrelados à inflação, em busca de mais previsibilidade para 2026.

Para Julio Ortiz, CEO e cofundador da CX3 Investimentos, o momento ainda favorece quem aposta em renda fixa e deve se estender pelo próximo ano. “Vivemos um bom momento para os investidores. Um juro real histórico que beneficiou muitos investidores. Porém tudo indica que devemos iniciar em breve o corte do juro, mas de forma lenta. Os investidores devem se beneficiar de um juro alto por um bom tempo, certamente durante todo o ano de 2026”.

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Julio destaca que até quem nunca investiu pode começar com opções simples e acessíveis. “Fundos DI são uma boa opção neste momento. Baixo risco, alta liquidez e rentabilidade próxima da taxa básica de juros.” Ele afirma que a estratégia também precisa considerar um ciclo de juros que tende a cair aos poucos. “Tudo indica que no ano que vem o Banco Central inicia os cortes da taxa de juros, mas deve ser um processo longo, então devemos viver um ciclo de juro alto por um bom tempo”.

Essa escolha entre segurança, prazo e retorno aparece no perfil de quem está começando. O estudante de enfermagem Gabriel da Silva diz que prefere cautela na hora de aplicar o dinheiro. “Prefiro algo que renda um pouco menos, mas que seja mais seguro, principalmente para o dinheiro que posso precisar em algum momento”. Para ele, o prazo faz diferença na decisão. “Se for um valor que sei que não vou usar tão cedo, não vejo problema em deixar aplicado por mais tempo para tentar ganhar mais, desde que o risco faça sentido”.

Para o planejador financeiro Raphael Carneiro, a inflação mais estável melhora a capacidade de planejamento e ajuda o consumidor a tomar decisões com mais segurança. “Com a inflação mais estável, a gente tem uma previsibilidade melhor da variação dos preços. Não tem uma discrepância muito grande de um mês para o outro ou de um ano para o outro. A gente consegue ter uma previsibilidade, a gente consegue se programar, se planejar diante desse cenário”. Ele ressalta, porém, que os juros elevados exigem atenção de quem recorre a empréstimos. “O primeiro ponto nesse cenário é equalizar as finanças, que a gente viu que se precisar de crédito, precisar de empréstimo, você vai cair nos juros elevados, você precisa equalizar, você não vai sofrer tanta previsibilidade, não vai sofrer tanto com a inflação e você consegue se organizar para não precisar dos empréstimos, não precisar tomar crédito”.

Primeiro passo

Raphael destaca que é possível começar a investir mesmo com valores baixos e defende que o mais importante é dar o primeiro passo, sem esperar “sobrar” dinheiro no fim do mês. “A gente consegue investir sem precisar de ganhos e valores. Existem títulos do Tesouro Nacional, Tesouro Direto, a partir de R$ 30. Então, você consegue investir com tranquilidade”. Para ele, transformar o aporte em rotina, ainda que pequeno, ajuda a aproveitar o cenário de juros altos e a construir uma reserva ao longo do tempo.

Ele também reforça a importância de diluir gastos previsíveis do começo do ano para não concentrar pressão em um único mês. Para evitar que o alívio no orçamento vire aumento automático de consumo, ele recomenda planejar antes do mês começar. “O importante de fato é a gente fazer o planejamento entendendo quanto pode ser gasto ao longo do mês. Quanto eu posso gastar, quanto eu posso destinar para cada área de minha vida ao longo de um mês”.

*Sob supervisão da editora Cassandra Barteló

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