BAHIA
Presidente da Fieb detalha expectativa sobre ritmo econômico para 2025
Para o ano que vem, a federação indicou que a economia da Bahia deve registrar um leve aumento de 2,2%
Por Flávia Requião
O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Carlos Henrique Passos, detalhou, na manhã desta quinta-feira, 19, o levantamento apresentado por sua equipe nesta semana, que prevê o cenário econômico baiano para 2025. “É uma série de conflitos entre mercado e governo, todos erram, mas infelizmente é a atividade produtiva que é mais penalizada.”
Para o ano que vem, a Fieb indicou que a economia da Bahia deve registrar um leve aumento de 2,2%. O setor industrial também seguirá crescendo, porém em ritmo mais lento do que em 2024, com 3,0% na Indústria de Transformação; 2,5% na Construção Civil; 3,5% na Indústria Extrativa; e 2,0% nos Serviços Industriais de Utilidade Pública.
Os dados apontam uma desaceleração em relação aos resultados de 2024, em que a Indústria de Transformação também fecha o ano com crescimento de 3,0%, mas a estimativa do PIB projetada pelo Observatório da Indústria da Fieb é de 2,6%.
Em conversa com o "Isso é Bahia", da rádio A TARDE FM, o gestor da FIEB citou que os registros de um avanço mais tímido são resultado das dificuldades enfrentadas pelo setor.
“Estávamos em um ano até bom para a indústria, ainda que pese os desafios, mas no cenário macroeconômico, de uma forma geral, houve uma deterioração nos últimos meses e o setor industrial é muito sensível para as questões que envolvem, principalmente, a taxa de juros e o câmbio, então essa realidade que estamos vivendo neste momento, tem e vai ter, se não for atenuado, impactos importantes na área industrial. Por isso, nós já estamos revendo as estimativas de crescimento, na medida em que esse cenário tende a dificultar esses investimentos, as atividades produtivas e a indústria, uma cadeia longa de produção que é bastante tolerada pelo custo financeiro”, explicou.
Carlos Henrique Passos também revelou as ações que a federação tem realizado para que sinta menos o impacto do mercado nacional e internacional.
“Não é o primeiro cenário adverso que o Brasil passa e as indústrias, boa parte, se estão ainda aqui é por que sobreviveram, então se não pode ter um cenário de muito crescimento, você tem que começar a pensar em sobrevivência e uma ações para isso é melhorar a produtividade e a governança das empresas e isso que o sistema da FIEB procura oferecer às indústrias da Bahia, através dos serviços prestados, pelo SESI SENAI e IEL”, ressaltou.
Assista a entrevista completa:
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