ECONOMIA
Produção da indústria baiana tem o melhor fevereiro em quatro anos
Setor registrou um crescimento de 6,1% na comparação com fevereiro de 2023, segundo IBGE
Por Da Redação
A produção industrial da Bahia manteve-se, em fevereiro, em alta frente ao mês anterior, no caso, janeiro (1,8%), mostrando um segundo desempenho positivo consecutivo nessa comparação com ajuste sazonal (havia crescido 1,9% na passagem de dezembro/23 para janeiro). Na comparação com fevereiro de 2023, a produção também cresceu (6,1%), apresentando o quinto resultado positivo consecutivo frente ao mesmo mês do ano anterior e o maior crescimento para um fevereiro desde 2020, quando a alta havia sido de 6,7%. Os resultados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.
Na comparação com fevereiro de 2023, o resultado da Bahia melhor do que o do país como um todo (onde a indústria cresceu 5%), mas apenas o 11 º maior aumento entre os 18 locais que têm resultados nessa comparação, 16 dos quais registraram altas de produção, liderados por Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%) e Amazonas (17,2%).
Com esse segundo avanço, a indústria da Bahia acumula alta de 7,1% na produção, no primeiro bimestre de 2024, frente ao mesmo período do ano anterior. Também fica acima do país como um todo (4,3%) e é o sétimo crescimento entre os 18 locais, todos eles mostrando altas nesse acumulado.
Já nos 12 meses encerrados em fevereiro, a produção industrial baiana voltou a subir (0,6%), após dez recuos seguidos. O índice continua, porém, abaixo do nacional (1%) e é o 2º menor entre os 18 locais pesquisados, 11 dos quais avançam.
Indústria extrativa
O crescimento na produção industrial da Bahia frente a fevereiro/23 (6,1%) foi consequência de altas tanto na indústria extrativa (54,6%), que mostrou um segundo resultado positivo consecutivo, quanto na indústria de transformação (4%), que cresceu pelo quinto mês seguido, com resultados positivos em 8 das 10 atividades investigadas separadamente no estado.
A fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,9%) se manteve como o segmento que mais contribuiu para o resultado positivo da indústria baiana em geral.
Embora tenha tido apenas o quarto maior crescimento, a atividade tem o maior peso na estrutura do setor no estado, respondendo por quase 1/3 do valor industrial gerado da Bahia, e cresce há cinco meses seguidos.
A segunda principal colaboração positiva para a alta da indústria baiana em fevereiro veio da fabricação de produtos alimentícios (8,2%), que voltou a avançar após ter recuado em janeiro (-2,9%), retomando uma sequência de resultados positivos que se estendeu de dezembro de 2022 a dezembro de 2023.
A fabricação de produtos de borracha e de material plástico teve a maior taxa de crescimento (14%), seguida de perto pela preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (13,7%).
Metalurgia
As duas únicas atividades da indústria de transformação que registraram quedas em fevereiro, na Bahia, foram a metalurgia (-25,8%), que teve novamente a maior retração e foi a que mais segurou o crescimento industrial, em geral, no estado; e a fabricação de produtos minerais não metálicos (-10,5%), que recua seguidamente há 14 meses, desde janeiro de 2023.
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