COMBATE À INADIMPLÊNCIA
Rotativo do cartão de crédito deve acabar, diz Campos Neto
O Banco Central estuda a possibilidade de reduzir a taxa de juros da modalidade, que é abusiva
Por Da Redação
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto disse nesta quinta-feira, 9, que a instituição estuda criar uma solução para dar fim o cartão de crédito rotativo, que é uma forma de crédito que acontece quando o consumidor não paga o valor total da fatura do cartão e passa para o mês seguinte com altos juros.
Segundo Campos Neto, a inadimplência no rotativo atingiu 52% das operações, com uma taxa de juros de 454% ao ano, valor abusivo para especialistas. Segundo o Banco Central, esse patamar equivale a uma taxa de juros de 15% ao mês. O juros para valor parcelado do cartão está em 196% ao ano.
O presidente do BC informou que uma solução deve ser apresentada dentro de 90 dias. O banco avalia enviar o devedor diretamente para um parcelamento desse saldo, com juros de cerca de 9% ao mês.
Um dos pontos negativos apresentado por Campos Neto é com o sistema atual de financiamento por cartão de crédito, que permite aos correntistas parcelas compras em até 13 parcelas sem juros. O BC estuda criar algum tipo de "tarifa" para desincentivar a compra desenfreada no crédito em uma quantidade muito grande de parcelas
"Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil", explicou Campos Neto.
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