ECONOMIA
"Salvador será a capital do Nordeste", prevê Ludovic Moullin
Diretor-geral do Centro de Convenções Salvador avalia futuro dos eventos de negócio no pós-pandemia
Por Thiago Conceição
O diretor-geral do Centro de Convenções Salvador, Ludovic Moullin, projeta o cenário de eventos na capital baiana após o impacto econômico causado pela pandemia de Covid-19, responsável pela perda de todo um calendário e planejamento no segmento. As informações foram dadas em entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM (103.9) nesta quinta-feira, 31.
Entre congressos, feiras e festivais, o Centro de Convenções da cidade soma 256 eventos desde a sua abertura, em 2020, até dezembro deste ano. O panorama vai gerar a circulação de mais de 600 mil pessoas no espaço, até o final do período.
Moullin explica que os eventos corporativos são trabalhados com antecedência de um, dois e até três anos. "Assinamos um evento para 2028, recentemente. Isso é para mostrar como a gente fecha [no âmbito contratual de negócio] a maioria dos grandes eventos", explica.
Panorama
Após o impacto causado pela pandemia, o diretor-geral observa um momento de recuperação do potencial de Salvador em atrair oportunidades. E como as negociações que marcam o cenário de retomada econômica foram realizadas em 2022, ele acrescenta que os frutos serão colhidos nos próximos anos, em especial em 2025.
Do ponto de vista histórico e cultural, a capital baiana traz a marca do entretenimento. No entanto, Moullin destaca que a cidade avança para ser também a 'capital do Nordeste', diante do interesse cada vez maior de agentes que atuam n segmento de negócios.
"As pessoas [em maior parte] olham para Salvador como o destino de entretenimento. Mas é uma cidade também de negócios, tem muitas oportunidade aqui. Ela [a cidade] está se posicionando como a capital do Nordeste. E estamos aqui para ajudar, pois é importante se criar feiras de negócio, em setores como o agro, robótica, construção, supermercado, imobiliário", acrescenta.
Impacto
O diretor-geral do Centro de Convenções ainda reforça o efeito da realização de feiras e congressos para toda a cadeia produtiva do município, com efeito para hotéis, táxis, restaurantes. No último ano, ele menciona a movimentação econômica de R$ 1 bilhão de reais com eventos.
"Um congressista gasta cerca de 200 dólares [R$ 990,64] por dia na cidade, em média. Hoje, quando assinamos um contrato de evento nacional ou internacional, recebemos cerca de 4 a 5 mil médicos, que chegam para três dias [de encontro]. De um dia para o outro, são cinco mil pessoas que entram na cidade. Então, precisam de leito [em hotéis], restaurante para a alimentação, táxi para o transporte, entre outros serviços", diz Moullin.
Ainda segundo o diretor-geral, os órgãos público da gestão municipal e estadual têm contribuído para o caminho de revitalização de Salvador como destino de negócios. Para o futuro, ele avalia que o caminho é seguir com o investimento em feiras e congressos, com o cuidado na garantia de toda a infraestrutura necessária para a nova realidade.
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