CRISE
Tok&Stok tem lojas fechadas e pedido crítico; entenda situação
Na Bahia, a unidade do Shopping Barra, em Salvador, pode fechar em breve
Por Da Redação

Aquela que pode ser considerada a maior rede de varejo de móveis e decoração do Brasil, a Tok&Stok, passa pelo momento financeiro mais delicado da sua trajetória. E para entender a situação de lojas fechadas e até pedido de falência feito por parte de um credor, justificando na Justiça uma dívida de R$ 600 milhões, é necessário voltar no tempo. Na Bahia, a unidade do Shopping Barra, em Salvador, pode fechar em breve
No mês de fevereiro deste ano, a população tomava ciência da situação da empresa. A Tok&Stok tinha acabo de sofrer uma ação de despejo por atraso no aluguel de uma unidade em Minas Gerais, que estava relacionada com o mês de janeiro de 2023. Naquele momento, a dívida do espaço, que funciona como centro de distribuição, foi paga.
No entanto, o 'deslize' administrativo era a ponta de um iceberg, formado por problemas encontrados após a contratação da Alvarez & Marsal, empresa de consultoria que está envolvida nas apurações do caso das Americanas. O último negócio citado está em recuperação judicial após a descoberta de um rombo nas contas da instituição.
Após a contratação da empresa de reestruturação financeira, no começo de abril, três executivos do alto escalão foram demitidos. Como resultado, a fundadora Ghislaine Dubrule decide assumir o controle do navio, com a colocação no cargo de gestora executiva da Tok&Stok.
Um ex-presidente da Etna, o Roberto Szachnowicz, foi para a função de CEO da rede. A Etna era concorrente da Tok&Stok. A antiga empresa de Szachnowicz finalizou as operações em março do último ano.
Ele assume o posto em momento de pedido de falência feito na Justiça por uma empresa de tecnologia, a Domus Aure, que afirma que a Tok&Stok tem uma dívida de R$ 3,8 milhões com a mesma, relacionada com serviços prestados na área.
Ainda em abril, a empresa começou a fechar lojas pelo país para reduzir custos. Com a decisão, a rede de móveis vai terminar 2023 com 50 das 67 lojas [contabilizadas no começo deste ano] abertas.
O Carlyle Group, atual dono da Tok&Stok, estuda fazer um aporte de R$ 100 milhões para tentar 'salvar' a rede. Entre os motivos para a situação da empresa, especialistas de mercado apontam a crise causada pela baixa demanda diante da pandemia de Covid-19, que ainda criou o costume na população de fazer mais compras online, fato que trouxe impacto para a manutenção de lojas físicas.
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