EDUCAÇÃO
A TARDE Educação realiza formação para professores de Simões Filho
Encontro fortalece práticas pedagógicas e uso do jornal como ferramenta educativa
Por Redação

Os profissionais da educação da rede municipal de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, participaram de uma formação continuada promovida pelo Programa A TARDE Educação, do Grupo A TARDE, na manhã desta terça-feira, 17. O encontro aconteceu na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), no Parque Hildete Rocha, com o objetivo de aprimorar práticas pedagógicas por meio do uso do jornal em sala de aula.
Durante o encontro, os educadores destacaram a importância da proposta. Para a professora de artes da Escola Municipal Nossa Esperança, Eneida Patricia Sousa Santos, a experiência vai agregar nas atividades em sala de aula.

“A formação de hoje trouxe uma visão de como levar para a minha escola. Eu estava anotando, pensando em como construir isso na visão da educação antirracista através das postagens do jornal que vai referir a esse público”, disse.
“A educação é muito carente. Então, eu falo sobre o sistema educacional em si. Quando vem propostas de fontes que aparentemente já são tão utilizadas como o jornal, mas dá uma outra visão de como pode abordar, de como pode ser inovador, isso favorece muito a educação, ao professor e ao próprio sistema”, acrescentou Eneida.
Presente na formação, a diretora de ensino da rede, Vera Buri, compartilhou um exemplo de como o jornal pode contribuir para o processo de ensino-aprendizagem. “Essa semana, a gente recebeu de uma escola quilombola um projeto dentro desse trabalho de como utilizar nas várias áreas, nas várias áreas do conhecimento, nos vários componentes curriculares, como utilizar o jornal. A gente sempre tem chegado nas escolas e tem encontrado trabalhos realizados, tem encontrado jornal acessível às pessoas, e isso eu acho que é muito importante”, enfatizou.

Vera acrescentou, ainda, a relevância da formação e do acesso ao jornal no ambiente escolar.
“A importância do jornal é sem comentários. Me deixa feliz que eu chego nas escolas e, em todas que eu chego, eu encontro o jornal, o acesso ao jornal tá ali para todo mundo, para os alunos, professores. Eu, inclusive, tenho dito: se o seu aluno quiser levar para casa [jornal], deixe levar. Se alguma reportagem interessa a ele, que ele leve para discutir com a família, pra ler junto com a família. É uma parceria que eu acho que veio somar, principalmente nessa etapa do ensino, que é os anos finais do Fundamental II, que há algum tempo carecia de trabalhos específicos”.
As atividades foram ministradas pela coordenadora pedagógica do A TARDE Educação, Márcia Firmino, e pelas pedagogas do A TARDE Educação, a mestra em Educação Letícia Menezes, e a doutoranda em Educação Anna Izabel Muniz.
“O encontro foi muito proveitoso. Os professores dialogaram com o tema, que será desenvolvido em sala de aula, e trouxeram várias colaborações. Eles falaram também sobre a importância de promover o uso do jornal em sala de aula, que não é só pegar o jornal e entregar para os alunos, além disso, a temática trouxe várias possibilidades para que eles possam trabalhar de forma multidisciplinar, transdisciplinar e interdisciplinar”, disse Márcia Firmino.
Para Letícia Menezes, “a memória é a essência para elaborar os conhecimentos sobre questões históricas. Esta formação nos auxilia a entender como o jornal pode servir enquanto elemento pedagógico para as escolas. Dessa forma, valorizamos os registros dos marcos sociais a partir de fontes sérias como o Jornal A TARDE para a produção de ações dentro das escolas”.
Já Anna Izabel reforçou a importância de promover momentos formativos direcionados aos educadores. “É uma oportunidade em que podemos trocar o conhecimento científico adquirido e produzido na universidade com as práticas desenvolvidas por eles(as) em sala de aula. Então, nesse sentido, o jornal é uma fonte histórica material e pode (e deve) ser tratado como método e conteúdo pedagógico. E isso é, sobretudo, inovação: não no sentido da novidade tecnológica, mas no sentido de tentar romper com a presença massiva do consumo de informações mediadas pelas big techs, reafirmando a escola como espaço autônomo de leitura crítica da realidade”, concluiu.
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