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Crianças em tratamento de saúde têm aulas em hospital e clínicas

Iniciativa do Prefeitura e Smed já conta com 214 alunos matriculados

Publicado sexta-feira, 03 de março de 2023 às 17:51 h | Autor: Da Redação
Vinícius Santana, de 10 anos, tem, pela primeira vez, a experiência de estudar em uma sala de aula
Vinícius Santana, de 10 anos, tem, pela primeira vez, a experiência de estudar em uma sala de aula -

A Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, localizada em Amaralina, garante que crianças, adolescentes, jovens e adultos mantenham sua formação escolar, mesmo sem estarem presentes em sala de aula. 

A iniciativa da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), já conta com 214 alunos matriculados. Ela fomenta a formação educacional em clínicas, casas de apoio, residências e casas lares, prestando atendimento aos estudantes em processo de tratamento de saúde ou internamento hospitalar.

Atualmente, pela iniciativa, atuam 24 pedagogos, três professores de música, uma coordenadora pedagógica, uma vice-diretora e uma diretora. O trabalho é realizado em dez hospitais, três clínicas, duas casas de apoio, três casas lares e 16 domicílios de residência. 

Segundo a vice-diretora do projeto, Leyliane de Paula Vidal, que atua há 16 anos com educação hospitalar e domiciliar, o trabalho da Escola Hospitalar contribui para minimizar as defasagens escolares durante o período de hospitalização.

Pela primeira vez na sala de aula, na Escola Municipal Alto da Cachoeirinha Nelson Maleiro, no bairro do Cabula VI, em Narandiba, Vinícius Santana, de 10 anos, tem, pela primeira vez, a experiência de estudar em uma sala de aula.

Ele teve que se afastar da escola em razão de problemas de saúde. Com Síndrome de Loeys-Dietz do tipo quatro, o menino só conseguiu voltar à sala de aula graças a uma cirurgia, realizada em 2022, ano em que recebeu um marcapasso diafragmático para auxiliar na respiração sem necessidade do cilindro de oxigênio.

A rotina da mãe de Vinícius, Patrícia Barbosa, começa ainda de madrugada, às 4h10. Com a ajuda do filho mais velho, Ícaro, de 23 anos, ela levanta, prepara as medicações de Vinícius e o acorda às 5h, para a primeira rodada de remédios em jejum, antes do café. Às 7h, eles vão para a escola, onde ficam até às 11h30.

A iniciativa foi criada em 2001, ainda com o nome de Classe Hospitalar e Domiciliar, por meio do Projeto Vida e Saúde, em parceria com o Hospital Santo Antônio das Obras Sociais Irmã Dulce. Em 2002 houve uma ampliação em vários hospitais e domicílios através do Programa Criança Viva.

Em 2011, o Programa Criança Viva e o Projeto Vida e Saúde passaram a ter  um só nome: Classes Hospitalares e Domiciliares no município de Salvador. A partir de outubro de 2015, surge então a Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar Irmã Dulce, com este nome em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, por ser ela uma figura que se voltava para a educação e saúde.

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