EDUCAÇÃO PARA O FUTURO
Ensino integral fortalece aprendizagem e desenvolvimento de estudantes da rede pública da Bahia
Nos últimos dois anos, 98 unidades de ensino foram entregues pelo Governo do Estado

Por Daza Moreira

Piscina, quadra poliesportiva, laboratórios, salas climatizadas, teatro e biblioteca são alguns dos espaços disponíveis para os 1,8 mil alunos do Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação (CEEINFOR) Mãe Stella, situado no bairro do Cabula, em Salvador. A unidade faz parte da rede de escolas de educação integral distribuídas por toda a Bahia.
Nos últimos dois anos, 98 unidades foram entregues pelo Governo do Estado, contando com uma estrutura que garante conforto e desenvolvimento de aprendizagens. Além das novas unidades, 115 escolas passaram por ampliação ou modernização.
O estudante do 3° ano do CEEINFOR Mãe Stella, Eduardo Felipe Dias Santos, de 18 anos, é um dos beneficiados com a educação em tempo integral. “Vemos benefícios desse método no dia a dia, pois o tempo de permanência na instituição escolar é maior, permitindo atender às dúvidas e oferecendo auxílio constante nas matérias essenciais para uma formação escolar de qualidade”, pontua o jovem.
A superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação do Estado (SEC), Helaine Souza, explica o funcionamento das instituições de ensino. “As unidades de tempo integral têm como finalidade oferecer uma formação integrada aos estudantes, articulando aprendizagem, práticas culturais, esportivas e espaços de convivência adequados à jornada ampliada”, descreve.
Só em 2025, a estimativa é de que os investimentos do Estado somam mais de R$ 100 milhões em atividades formativas, além de mais de R$ 130 milhões em alimentação escolar e R$ 68,5 milhões em programas como o Bolsa Presença, que reforça a importância da frequência escolar assídua e o Programa Mais Estudo, que fortalece o protagonismo estudantil.
Estrutura
O projeto arquitetônico das unidades de ensino prioriza ambientes modernos, acessíveis e multifuncionais, capazes de atender a diferentes necessidades pedagógicas como prevê a jornada ampliada escolar. Das 650 unidades escolares, 644 são unidades sedes e seis são anexos.
“No que diz respeito às modalidades de ensino, três são unidades de Educação Escolar Indígena, 57 unidades de Educação do Campo, cinco unidades de Educação Escolar Quilombola e 227 escolas de Educação Profissional e Tecnológica”, completa a superintendente.
A estrutura contempla salas de aula amplas e climatizadas, bibliotecas, laboratórios de Química, Biologia, Física, Matemática e Informática, além de salas destinadas a atividades artísticas e recomposição das aprendizagens. Os espaços coletivos incluem auditório ou teatro, áreas de convivência e restaurante estudantil para atender todos os alunos em horário integral.
A infraestrutura esportiva é composta por quadra poliesportiva coberta, campo society e, em algumas unidades, piscina semiolímpica e pista de atletismo, garantindo diversidade nas práticas físico-esportivas em consonância com as oficinas pedagógicas do Educa Mais Bahia.
Em 2025, o CEEINFOR Mãe Stella foi contemplado com um laboratório maker, equipado com impressoras 3D, tablets, notebooks, computadores e kits de robótica. A ideia é fomentar o acesso à iniciação científica e ao uso de tecnologias.

Caetano do Sacramento, diretor da escola, ressaltou a importância da estrutura.“Agora eles podem contar com um espaço de desenvolvimento de tecnologia e estudos. Isso nos dá a dimensão do que é uma boa preparação antes de adentrar na vida acadêmica”, disse.
A iniciativa integra o programa ‘Mais Ciência na Escola’, parceria da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e da SEC com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além da infraestrutura tecnológica, o programa também prevê bolsas para estudantes e professores, formações pedagógicas, feiras e olimpíadas científicas. Outros 180 laboratórios maker devem ser instalados em escolas da rede estadual de ensino.
Mais tempo para interação
Com a educação integral, a rede estadual de ensino da Bahia dispõe de escolas que ofertam currículo de sete horas diárias ou 35 horas semanais, variando em currículos de oito horas dia ou 40h semanais ou nove horas dia e 45 horas semanais, totalizando respectivamente 1400, 1700 e 1800 horas anuais.
“Com o aumento da carga horária diária podemos também desenvolver atividades lúdicas, esportes, pintura, teatro, costura, culinária, coisas que os alunos escolhem aprender. Neste momento, trabalhamos a interação entre as diversas séries”, pontuou Caetano.
“A implementação de atividades diversificadas como esportes, artes e projetos sociais, que visam não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também habilidades socioemocionais é fundamental para a consolidação da oferta”, explicou Helaine Souza.
Novas unidades
Entregue no início de dezembro, o Colégio Estadual de Tempo Integral de Ipiaú é exemplo de uma das unidades escolares do interior que passaram por intervenções para ampliar o acesso dos jovens a um modelo de ensino mais completo e conectado com o futuro.
A reforma e modernização do equipamento contou com um investimento de R$ 7,5 milhões do Estado e deve atender estudantes da sede e zona rural.
Em Luís Eduardo Magalhães, o Colégio Estadual Mimoso do Oeste foi a 98ª nova unidade escolar inaugurada na gestão do governador Jerônimo Rodrigues. A obra contou com investimento de mais de R$ 35 milhões e já está em pleno funcionamento.
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