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BAHIA

UCSal realiza exposição com documentos inéditos sobre a participação da Igreja na Independência da Bahia

A mostra acontece de 30 de junho a 04 de julho, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA)

Por Azure Araujo

26/06/2025 - 11:34 h | Atualizada em 26/06/2025 - 11:57
Acervo conta com mais de 15 mil metros lineares de documentos históricos
Acervo conta com mais de 15 mil metros lineares de documentos históricos -

O Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio Veiga (LEV), da Universidade Católica do Salvador (UCSal), promove a exposição “A Igreja nas lutas da Independência da Bahia”, que reúne documentos inéditos e de grande relevância histórica. A iniciativa acontece entre os dias 30 de junho e 04 de julho, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

Com um acervo composto por mais de 15 mil metros lineares de documentos históricos, o LEV conserva registros da vida religiosa e da burocracia eclesiástica baiana desde 1551. Reconhecido nacionalmente como espaço de ensino, pesquisa e extensão, o laboratório já recebeu pesquisadores de diversas partes do mundo.

A exposição destaca o papel fundamental da Igreja Católica em momentos cruciais da história do Brasil, como a Independência da Bahia, a Abolição da Escravidão e a Proclamação da República. A ação é fruto de uma parceria firmada em 2001 entre a UCSal e a Arquidiocese de São Salvador para a guarda e preservação dos arquivos históricos da instituição.

“Esse acervo guarda a memória do próprio povo brasileiro”, afirma o reitor da UCSal, Deivid Lorenzo.

Deivid Lorenzo, reitor da Universidade Católica de Salvador (UCSal)
Deivid Lorenzo, reitor da Universidade Católica de Salvador (UCSal) | Foto: Divulgação

O reitor ressalta ainda como a diversidade dos documentos permite refletir sobre a história e repensar o futuro do país.

Há registros de relações escravocratas, de gênero, etárias e étnicas, que revelam e ressignificam as dinâmicas sociais do nosso país.
Prof. Dr. Deivid Lorenzo - Reitor da UCSal
Carta de Alforria do escravizado Conrado concedida pelo Vigário Antônio Martins da Silva Teles (1887)
Carta de Alforria do escravizado Conrado concedida pelo Vigário Antônio Martins da Silva Teles (1887) | Foto: Divulgação

Segundo Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, coordenador do LEV: “A missão do laboratório é conservar essas obras que testemunham séculos de memória religiosa, social e política do Brasil.”

Arquivos inéditos e marcos da história brasileira

Entre os documentos que compõem a exposição estão fotos, registros de denúncias e crimes, plantas de igrejas antigas do Brasil, partituras de música do século XIX, entre outros materiais inéditos.

“Estamos sempre buscando promover exposições temáticas a partir dos achados do nosso acervo, valorizando a história da Bahia e do Brasil”, afirma Álvaro.

Álvaro Pinto Dantas, coordenador do LEV
Álvaro Pinto Dantas, coordenador do LEV | Foto: Divulgação

Um dos documentos mais antigos é um registro de batismo da freguesia de Nossa Senhora de Paripe. Além disso, a mostra apresenta registros sobre a atuação da Igreja no movimento de 2 de Julho, data símbolo da Independência da Bahia.

A Igreja atuou como força mobilizadora e legitimadora do processo libertário, influenciando líderes e a população local
Prof. Dr. Álvaro Pinto Dantas - Coordenador do LEV

Dantas ressalta ainda que a exposição busca também valorizar o papel da sociedade civil como um todo. “A Igreja esteve presente enquanto povo — ao lado dos indígenas, dos escravizados e de toda a sociedade — no enfrentamento dos grandes marcos históricos nacionais”, acrescenta.

Momentos marcantes e personagens históricos

A exposição também traz registros das leituras da Lei Áurea realizadas nas missas, para garantir que toda a população, inclusive os senhores de escravos, tivesse ciência do novo decreto. Além disso, destaca o período da Proclamação da República e a transição para o Estado laico.

Discurso de D. Luís Antônio dos Santos no dia da assinatura da Lei Áurea (13 de maio de 1888)
Discurso de D. Luís Antônio dos Santos no dia da assinatura da Lei Áurea (13 de maio de 1888) | Foto: Divulgação

Entre os destaques, está a certidão de Maria Quitéria, heroína baiana da Independência, e documentos que mostram a atuação de religiosos na defesa dos direitos dos escravizados, além dos debates internos da Igreja sobre a escravidão, refletindo as tensões da época.

Certidão de óbito de Maria Quitéria (1853)
Certidão de óbito de Maria Quitéria (1853) | Foto: Divulgação

“Essa exposição é um convite ao público para conhecer mais profundamente a história do Brasil e da Bahia, por meio de documentos preservados pelo LEV, que ajudam a compreender a complexa relação entre religião e política nas grandes transformações do país”, conclui Álvaro Pinto Dantas de Carvalho Júnior, .

Um convite ao conhecimento

A exposição é uma oportunidade rara para o público ter acesso a documentos inéditos e compreender, por meio dos registros da Igreja, a complexa relação entre religião, política e transformação social no Brasil.

“O que oferecemos à comunidade é uma vivência histórica única, que une conhecimento, memória e reflexão. O LEV é o único laboratório de arquivo histórico da Bahia com esse porte e relevância”, destaca o reitor Deivid Lorenzo.

Vestibular UCSal 2025.2 com inscrições abertas

A UCSal está com inscrições abertas para os cursos de graduação com início no segundo semestre de 2025.

“A experiência na UCSal vai muito além da sala de aula. É uma formação acadêmica de excelência, aliada à pesquisa, história e compromisso com a transformação social”, afirma o reitor.

Mais informações e inscrições: https://inscricao.ucsal.br

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Tags:

2 de Julho acervo Educação exposição Independência

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