2º TURNO
Nunes e Boulos focam em apagão no 1º debate em São Paulo
Embate foi marcado também por troca de provocações entre os candidatos
Por Da Redação
O primeiro debate do segundo turno, promovido pela TV Bandeirantes na segunda-feira, 14, entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), foi marcado por troca de provocações e por debates sobre o apagão que atinge a capital paulista.
Boulos lembrou que a responsabilidade sobre avaliar a atuação da empresa é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cujo diretor, Sandoval Feitosa, foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo partido apoia a candidatura de Nunes.
Boulos disse que havia dois culpados pelo problema: “A Enel, que é uma empresa que presta um serviço horroroso — e que eu, como prefeito de São Paulo, a partir de 1º de janeiro, vou trabalhar pra tirar ela daqui. E o Ricardo Nunes porque não fez o básico, o elementar, a lição de casa. Poda de árvore na cidade de São Paulo, manejo arbóreo, e olha que a gente teve um apagão há menos de um ano”.
Já Nunes disse que a culpa pelos transtornos causados é da Enel e que o governo federal, responsável pela fiscalização e a concessão, “não fez nada”. “É inaceitável o que essa empresa Enel tem feito com a cidade de São Paulo. É inaceitável que o governo federal, que é que detém a concessão, regulação e fiscalização não tenha feito nada, e isso desde novembro do ano passado”, declarou Nunes. “Infelizmente, não houve nenhuma ação. E a Enel continua aqui atrapalhando a nossa cidade. Nós não podemos permitir a Enel mais em São Paulo”.
Abraço
No final do primeiro bloco, os candidatos aumentaram o tom das provocações. Do lado de Nunes, o candidato à reeleição disse que Boulos não saberia o que é trabalhar, o que gerou manifestação dos presentes no estúdio. Na sequência, foi a vez de os apoiadores do candidato do PSOL se manifestarem quando Boulos perguntou se o atual prefeito teria “autoridade moral” para falar sobre trabalho após três dias de apagão na cidade de São Paulo.
As provocações também entraram no segundo bloco, com Nunes dizendo que as pesquisas fizeram mal ao candidato do PSOL. Para o candidato do MDB, Boulos teria entrado “no modo desespero”, que respondeu, dizendo que a declaração mostraria a “arrogância” do adversário. “Você é arrogante a ponto de não reconhecer os erros no apagão”, comentou o candidato do PSOL, reclamando do “desprezo” com que Nunes o tratou.
Os candidatos, inclusive, chegaram a se abraçar no final do segundo bloco, quando Boulos se aproximou do candidato do MDB, que criticava o oponente. “Você está bem?’, perguntou Nunes. “Eu estou bem. E você?”, respondeu Boulos, enquanto ambos estavam se abraçando. No início do terceiro bloco, o candidato do PSOL disse que iria manter a distância porque a equipe de Nunes havia feito um “escarcéu” no intervalo.
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