PF inclui laudo médico falso de Marçal contra Boulos em investigação

A Polícia Federal abriu mais uma frente de investigação contra o empresário e candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). Neste sábado (5) o caso do laudo médico falso postado por Marçal, tentando associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas, foi incluído no inquérito que apura acusações feitas pelo ex-coach contra os outros candidatos ao longo da campanha.

O inquérito aberto no dia 17 de setembro, apura uma série de acusações e crimes contra a honra que Marçal vem cometendo contra os candidatos. Ele foi aberto depois que Marçal fez a primeira acusação, sem provas, de que Boulos seria usuário de drogas.

PF também investiga suspeita de abuso de poder econômico. As apurações para verificar se Marçal cometeu crime ao pagar eleitores por edição de vídeos curtos, os chamados "cortes", estão sendo feitas em outro inquérito.

Boulos pediu a prisão de Marçal depois que o ex-coach divulgou um prontuário médico falso que aponta surto psicótico grave e uso de cocaína pelo deputado. Marçal publicou um prontuário médico forjado em suas redes enquanto participava de um podcast.

O portal UOL apurou e confirmou que o número do RG do candidato está errado no documento. Além disso, o documento tem erros de digitação, erro nas informações do documento e é assinado por um médico que já morreu. José Roberto de Souza está com o registro no CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) inativo desde 2022. No site do órgão, a situação do profissional aparece como "falecido". A assinatura do documento forjado é diferente da que aparece em um documento judicial de 2019.

Cerca de duas horas depois da publicação de Marçal, o ex-coach disse que o Instagram removeu o post. "Parabéns pela democracia de esquerda", disse o candidato. Neste sábado, a Justiça Eleitoral determinou que Marçal e outros perfis apaguem postagens que trazem o prontuário médico forjado.