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EMPREGOS & NEGÓCIOS

Drex promete mudar transações comerciais e até aumentar o faturamento

Moeda digital utiliza tecnologias desenvolvidas para as criptomoedas, mas não se resume a investimentos

Por Mariana Bamberg

20/08/2023 - 6:45 h
Moeda entrou em fase de teste e foi batizada de Drex no início deste mês
Moeda entrou em fase de teste e foi batizada de Drex no início deste mês -

Menos de dois anos depois do lançamento do Pix, o Banco Central (BC) já anunciou mais uma novidade que promete mudar as dinâmicas das transações de compra e venda e até aumentar o faturamento dos negócios. É o Drex, uma espécie de moeda digital brasileira, que utiliza tecnologias desenvolvidas para as criptomoedas, mas não se resume a investimentos. A previsão é que ela só comece a ser utilizada no final de 2024. Especialistas, no entanto, acreditam que quanto antes os empreendedores começarem a entender sobre a moeda, maior o potencial de tirar vantagens da novidade.

A moeda entrou em fase de teste e foi batizada de Drex no início deste mês, mas, na verdade, já havia sido anunciada pelo Banco Central em 2021, logo depois do lançamento do Pix. Apesar disso, a novidade ainda é desconhecida por parte dos empreendedores. Jorge Dantas, por exemplo, é dono do Atacadão das Ferragens, uma distribuidora de vidro e alumínio, mas confessa que pouco conhece sobre a novidade financeira.

Banco Central já informou que a moeda nada mais é do que o real em versão digital, isso significa que cada R$ 1 valerá 1 Drex. Rafael Izidoro é fundador da Rispar, uma plataforma de crédito em reais com garantia em Bitcoin, e explica que isso diferencia o Drex das criptomoedas tradicionais, que são centralizadas por uma autoridade monetária e cujo valor pode flutuar significativamente.

Para Rafael, isso já é um alívio. Ele não tem boas recordações quando o assunto é criptomoedas. O empreendedor já investiu nesse tipo de moeda digital através de uma suposta corretora e acabou perdendo dinheiro. “Só de saber que tem o Banco Central por trás, já dá uma confiança”, afirma.

Dinheiro programável

Com quatro lojas espalhadas pela Região Metropolitana de Salvador, Jorge acredita que o benefício para os negócios será apenas a possibilidade de oferecer mais uma forma de pagamento aos clientes. Mas, segundo Izidoro, a grande novidade que vem com o Drex, inspirado nas tecnologias das criptomoedas, é o conceito de dinheiro programável. “Isso significa que o valor pode ser integrado a contratos inteligentes e outras aplicações automatizadas, abrindo um vasto campo de possibilidades para inovação”, explica.

Na prática, o valor de um produto comprado em um marketplace, por exemplo, já seria automaticamente dividido entre a plataforma e a loja. Negócios maiores, como a compra e venda de um imóvel ou carro seriam afetados de forma semelhante, pois os registros dessas operações também seriam feitos de forma automática, diminuindo a necessidade de intermediários.

“A introdução do Drex acaba tendo como objetivo minimizar os custos de transação, aumentar a eficiência dos pagamentos e catalisar inovações no setor financeiro. Além disso, o Drex contribuirá para uma maior rastreabilidade nas transações, auxiliando na mitigação de atividades ilícitas”, avalia o fundador da Rispar.

Mas nem tudo é só vantagem. Izidoro alerta que, assim como toda nova tecnologia que é lançada, o Drex pode acabar enfrentando uma resistência inicial por parte dos clientes e as empresas precisarão se adaptar de forma estratégica a essa nova forma de pagamento, o que pode exigir investimentos em tecnologia e treinamento.

O especialista, no entanto, acredita que, assim como aconteceu com a chegada do Pix, as adaptações mais significativas e onerosas aconteçam com as grandes instituições financeiras. “Para o pequeno ou médio empreendedor, a transição para aceitar e usar o Drex em suas operações diárias pode ser mais direta, especialmente se eles já estiverem familiarizados com outras soluções de pagamento digital, como o Pix”, avalia.

O uso do Pix no Atacadão das Ferragens aconteceu sem grande dificuldade e é o que Jorge prevê também para a introdução do Drex. “Não imaginávamos que o Pix iria mudar tanta coisa, mas mudou muito. Antes precisávamos, por exemplo, ter contas em vários bancos para o cliente não precisar pagar taxa de TED e DOC, o Pix solucionou isso. Hoje temos pouquíssimas compras com dinheiro em espécie, a maior parte é Pix ou cartão. Agora, com o Drex, vamos estudar a fundo a moeda e, assim que tiver disponível, passar a usar”, afirma.

A minimização dos custos e possibilidade de oferecer mais uma forma de pagamento pode sim fazer com que o Drex aumente o fa turamento dos negócios. O fundador da plataforma de crédito não tem dúvida disso. Mas, para ele, esse impacto vai depender como as empresas vão implementar e promover o uso dessa moeda entre seus clientes.

E quanto mais o empreendedor adiantar o planejamento para essa essa implementação, maior a probabilidade de sucesso. A analista do Sebrae Liliane Rocha acredita que demorar para se adaptar pode significar perda de eficiência e competitividade. “Se concorrentes, por exemplo, adotarem o Drex e reduzirem seus custos operacionais, eles podem oferecer preços mais competitivos ou investir mais em outras áreas, como marketing e infraestrutura para atrair ainda mais clientes”, analisa a especialista.

Setor financeiro

Para ela, negócios ligados diretamente ao setor financeiro, como bancos, fintechs e empresas de pagamento, serão os mais impactados pelo Drex. Mas varejistas, comércio eletrônico e qualquer empresa que realize transações financeiras e tenham e-commerce poderão também ser afetadas com a nova possibilidade de pagamento.

Para se preparar para a chegada da moeda digital, a orientação da analista do Sebrae é fazer como Jorge: pesquisar a fundo e se manter informado sobre o assunto. Liliane indica ainda buscar capacitação sobre a nova tecnologia e estar atento especificamente sobre a segurança e à privacidade da ferramenta. Outra dica para quem ainda não tem é buscar possibilitar o acesso à internet para facilitar as transações de clientes na sua loja física.

“Em geral, empreendedores bem-sucedidos são proativos e se mantêm informados sobre tendências e inovações, como deve ser. No entanto, o nível de atenção varia dependendo do setor, do perfil do empreendedor e dos recursos disponíveis. Por isso a necessidade de buscar sempre capacitações e orientações em caso de dificuldades”, orienta.

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