Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > EMPREGOS & NEGÓCIOS
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
02/06/2024 às 6:51 • Atualizada em 06/06/2024 às 9:45 - há XX semanas | Autor: Felipe Sena

REPRESENTATIVIDADE NA MODA

Empreendedores baianos reinventam moda com perspectivas afrofuturistas

Conheça criadores de marcas que ressaltam afrofuturismo, cultura baiana e ancestralidade em suas peças

Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo
Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo -

“Afrofuturismo é recriar o passado, transformar o presente e projetar um novo futuro, através da nossa própria ótica”. Essa citação de Fábio Kabral, escritor afro-brasileiro e estudioso do afrofuturismo, exprime o desejo de quatro jovens nascidos em periferias de Salvador: Gleidson Souza, conhecido como Souje; Alexsandro Rodrigues e Albert Lefundes, e Jorge Lucas, conhecido como Lucas Dilay.

Todos são criadores de marcas de moda negra que têm o objetivo de fazer a diferença no mercado e trazer uma nova perspectiva para a comunidade em que nasceram, através de um afrofuturo diferente de seus antepassados. Uma pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2020, realizada no Brasil pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ) mostrou que um dos motivos mais citados pelos empreendedores iniciais para ter um novo negócio foi fazer a diferença no mundo.

Entre os pretos ou pardos, o percentual foi mais expressivo, alcançando 69,7% contra 58,2% entre os brancos. Ainda entre os pretos, em sua maioria são jovens. Esse é o caso dos criadores de marcas baianas, que exploram a ancestralidade, a cultura do estado e o afrofuturismo na confecção de suas peças.

Quando tudo começou

Localizado no Alto de Ondina, em Salvador, o ateliê do artista plástico Souje guarda um acervo de peças autorais e especiais, de acordo com o estilista. Dentre elas estão dois vestidos, um vermelho e o outro amarelo, feitos com retalhos de diferentes tipos de tecidos, como o de tramas, uma espécie de rede de pesca que sustenta as costuras.

Vestido feito por Souje
Vestido feito por Souje | Foto: @vidafodona

Os dois foram desfilados na 53ª edição da Casa de Criadores, que aconteceu em dezembro de 2023, no Centro Cultural de São Paulo, na capital paulista. Souje foi convidado pelo projeto para desfilar sua coleção. Entretanto, a maior parte das peças da marca ArtSouje são vendidas em Salvador, onde aconteceu seu primeiro desfile durante a festa 'O Bloco da Praça', na Casa do Carnaval, no Pelourinho.

Nos preparativos das confecções para o próximo desfile da Casa de Criadores, olhar para trás de forma ancestral dialoga com seu próprio passado, quando teve a ideia de criação da marca, em 2020, durante a pandemia de Covid-19, com apenas R$ 200 reais. Sua primeira coleção moda-praia “Traços, Faces e Raízes”, mesmo nome da sua logo, tinha 20 peças: 10 sungas e 10 bodys. Cada peça custava R$ 80 reais.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por SOUJE AFROFUTURO (@gsouje)

“Lancei, fiz um ensaio fotográfico na laje. Eu e uma amiga simulamos uma luz. Colocamos uma bag. Eu usei a sunga de tiras e ela, o body de tiras bordado. Fiz as peças à mão. Vendi as 20 na primeira semana, tive que fazer outra remessa com mais 20 e fechei o ciclo, porque a proposta era isso, para sentir [o momento]. Eu prezo muito pela qualidade. O body pode ser usado de várias formas, com calça pantalona, na praia, na academia”, conta Souje que realiza a produção de roupas funcionais, e que assim, também contribuem para a sustentabilidade.

O estilista ainda fez uma carta para os seguidores explicando sobre cada peça. Todas foram vendidas pelas redes sociais e enviadas por aplicativos de entrega. Em seguida, veio a produção das t-shirts.

  • Empreendedores baianos reinventam moda com perspectivas afrofuturistas
    |
  • Arquivo Pessoal
    Arquivo Pessoal |

Foi com o mesmo valor que Lucas Dilay, iniciou seu negócio. No caso dele, a produção foi de cinco peças, mas que logo se tornaram um hit em Salvador e em diversas festas pela cidade não é difícil encontrar pessoas de camisa Salcitycria, junção do termo “Salcity”, como alguns jovens se referem a Salvador e “cria”, "pois eu sou cria de Pernambués, e ‘cria’ de criação, Salcity cria tendências e cultura”, explica Lucas.

O estudante de Bacharelado Interdisciplinar em Artes, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Alexsandro Rodrigues, morador do bairro de Amaralina; e o designer de interiores Albert Lefundes, que nasceu na periferia de São Caetano, iniciaram a criação da Teroy13, nome que simula um metaverso [mundo virtual], como outro planeta, também com baixo orçamento. Foram R$ 500 reais e “ajuda de alguns amigos”, dizem os administradores da Teroy13.

“A marca surgiu em 2018, de uma necessidade nossa de empreender e criar a nossa própria renda. Eu estava desempregado e Albert também”, diz Alexsandro, de 21 anos. Para a movimentação da Teroy13, os dois recebem ajuda de diferentes pessoas, como amigos e pessoas das comunidades em que nasceram, que são remunerados, como forma de retribuição e valorização local, seja para direção criativa ou outra da atividade da marca. Além disso, Albert diz que usa várias referências do bairro em que nasceram para criação da coleções.

Alexsandro Rodrigues e Albert Lefundes, fundadores da Teroy13
Alexsandro Rodrigues e Albert Lefundes, fundadores da Teroy13 | Foto: Divulgação

Já o que levou Souje a criar a própria marca foi a vontade de inovar e fazer a diferença no mercado de moda na capital baiana, porque ele não se identificava com as peças que via em Salvador. “Já pintei macacão para Dendezeiro [marca baiana], já tinha outras experiências e também vontade de entregar o que acredito, porque não me identificava com as outras [marcas], e queria trazer referência sobre o futuro, e por isso, venho com a estética neon”, diz Souje.

  • ArtSouje
    ArtSouje |
  • Peças produzidas por Souje
    Peças produzidas por Souje |
  • Empreendedores baianos reinventam moda com perspectivas afrofuturistas
    |

A mesma motivação foi a de Lucas, dono da Salcity. “Quando comecei a pensar na marca, ela seria criada como uma fonte de renda. Eu já trabalhava na moda anteriormente na marca do meu irmão, a Chato Afro Culture, mas eu sentia vontade de criar algumas coisas que eram diferentes do segmento que tinha na Chato, e me veio a ideia de fazer outra marca”, relata o empreendedor.

Mais do que negócios

Após a virada de chave da marca Teroy13 com o lançamento da coleção ‘Nebulosa’, que explora o mundo do afrofuturismo e metaverso, os empreendedores Alexsandro e Albert sentiram a necessidade de formalizar o negócio através do MEI, em 2021.

  • Editorial da Coleção 'Nebulosa' e 'Khanoy' da Teroy13
    Editorial da Coleção 'Nebulosa' e 'Khanoy' da Teroy13 |
  • Editorial da Coleção 'Nebulosa' e 'Khanoy' da Teroy13
    Editorial da Coleção 'Nebulosa' e 'Khanoy' da Teroy13 |

Alexsandro, que realizou o cadastro da microempresa, diz que a iniciativa foi importante para o negócio. “Quando vamos participar de editais, dependendo do edital, é preciso colocar o CNPJ da empresa, até para criar sites, porque dá mais garantia a marca, e também em questão do INSS, principalmente porque eu não tinha carteira assinada”.

“Eu fiz o cadastro do MEI para ter uma segurança e controle financeiro no sentido de poder gerar nota fiscal, ter os meus direitos trabalhistas, ter um controle, tanto de saída quanto de entrada [de dinheiro]”, ressalta Souje. Já segundo Lucas, o que mais lhe interessou na modalidade, foi a “facilidade maior para liberação de crédito”.

De acordo com Alison Santana, conselheiro no Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRC), o MEI torna a pessoa autônoma uma pessoa jurídica e assim ela pode ter acessibilidade a aquisição comercial e negociações de empréstimo. Ainda segundo o especialista, outra vantagem é a redução da carga tributária.

“Você tem o limite anual de R$ 81 mil reais em um ano e você paga 5% do INSS, mais R$ 1 real, se for comerciante, ou R$ 5 reais, se for prestador de serviço. Se fizer as duas atividades, paga R$ 6 reais, o que resulta em tributo de no máximo R$ 77 reais por mês”, explica. Em caso de dificuldade, o microempreendedor pode solicitar ajuda do Sebrae.

Estratégia e planejamento

Alison ainda ressalta que quando a microempresa cresce e não se enquadra mais nos parâmetros do MEI, é importante que o microempreendedor esteja preparado financeiramente e com planejamentos em dia para os novos gastos. “O controle do negócio é a essência para o crescimento”, reforça.

Esse fator não é um problema para Souje. Organizado e focado em seus objetivos, o artista plástico diz organizar suas metas, e principalmente os gastos que terá em cada coleção elaborada. De acordo com ele, dependendo da peça e técnica utilizada, cobra em média de R$ 300 a R$ 2.500 em cada, como em uma feita com led. Já em outras peças, o preço é menor.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por SOUJE AFROFUTURO (@gsouje)

Assim como na ArtSouje e na Salcity, todas as peças da Teroy13 são produzidas no modo slow fashion, ou seja, sob encomenda. Na Teroy, todas peças são feitas por Alexsandro e tem prazo de produção de 10 dias. De acordo com Albert, as peças são confeccionadas de modo que não fiquem em estocagem para evitar o desperdício, de forma que preserve o meio ambiente.

  • Editorial da coleção 'Essential', da Teroy13
    Editorial da coleção 'Essential', da Teroy13 |
  • Editorial da coleção 'Essential', da Teroy13
    Editorial da coleção 'Essential', da Teroy13 |

“Um dos propósitos da marca é lançar peças mais funcionais, como no último drop em que lançamos uma calça que vira bermuda, também temos uma bolsa que são de três tamanhos e enxergamos o comércio de uma forma atemporal, que não tem validade. Quando a gente expõe as peças no nosso site, a gente não oculta a coleção anterior. Além de ser algo mais personalizado, quando uma pessoa encomenda, ela disponibiliza as medidas, e fazemos de acordo com o corpo dela, para atender a todos”, explica Albert.

Já Lucas diz que um dos principais pontos para viabilizar as vendas é lançar as coleções em datas comerciais. “Lançamos as coleções a cada três meses estratégicos em datas festivas, quando a gente tem uma obrigação da nossa identidade de marca de falar sobre aquele determinado assunto ou festa”.

  • Coleções da Salcitycria
    Coleções da Salcitycria |
  • Coleções da Salcitycria
    Coleções da Salcitycria |

Segundo a pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ), ter o próprio negócio é o segundo maior sonho da população negra. De acordo com o estudo 62,3% dos adultos pretos e pardos tinham o desejo de ter o próprio negócio, uma diferença de 9,6 pontos se comparado com os adultos brancos, que tiveram o percentual de 52,7%.

Além disso, o estudo ainda mostra que existem 28,6 milhões de empreendedores no Brasil. Dentre eles 9,8 milhões são homens negros, e em sua maioria do Nordeste. Além disso, a cada 10 empreendedores por conta própria, cerca de 4 são homens negros.

Olhar que mira o futuro

Desenhista desde os 9 anos, Souje hoje assina peças para artistas da cena baiana e apreciadores de seu trabalho. Peças pensadas e projetadas por ele, já foram vestidas e solicitadas por artistas como a cantora Flora Matos, inspirada em sua música “Piloto”, a banda Àttooxxá, o cantor Vírus Carinhoso, Fabriccio, dono da música “Teu Pretim”, Nêssa. Além de Bia Ferreira, dona da canção “Cota Não é Esmola”, para a qual ele fez uma veste inspirada em Iemanjá.

Souje também está quase sempre presente na produção do styling do cantor de pagodão baiano Edcity. Além de ter produzido o look da Dama do Pagode para o Afropunk de 2022, evento negro, que de acordo com ele, viabiliza ainda mais o conhecimento de sua marca. No segundo Afropunk em Salvador, no ano de 2022, vestiu 15 pessoas que compareceram ao evento.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por SOUJE AFROFUTURO (@gsouje)

Para Alexsandro e Albert, eventos negros em Salvador, a cidade com o maior número de pessoas negras fora do continente africano, também ajuda a fomentar e fortalecer o conhecimento da Teroy13. Em novembro de 2023, a marca fechou uma parceria com a Batekoo, plataforma e festival feito por e para a comunidade negra LGBTQIA+, para o ‘Baile Met Gala’, com o objetivo de desconstruir a ideia do que é luxo.

A marca produziu a coleção CadenT’13 com um cinto de couro sintético com fivela niquelada, cravejado com spikes e ilhós. Como também um top em tecido prateado texturizado com viés em couro preto, ilhós e estrelas metálicas.

Olhar ao redor

Além das parcerias, as marcas também prezam pela inclusão social em seus editoriais. O editorial ‘Iemanjá’, da Salcity, lançado em janeiro deste ano, teve a participação de influenciadores locais de Salvador e pessoas com deficiência para modelarem. Participaram o influenciador digital Everton Almeida, e algumas modelos portadoras de deficiência motora, como Lavinia, entre outras.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por SALCITY ®️ (@salcitycria)

Para os editoriais da Teroy13, Albert e Alexsandro, assim como Souje, também têm a sensibilidade de escolher pessoas negras e que não encontram muitas oportunidades no mercado da moda. “A gente opta por chamar pessoas que são fora do meio, talentosos, a gente enxerga algo ali, o brilho único daquela pessoa e percebemos que ela não tem certas oportunidades no mundo da modelagem”, diz Albert.

Futuro ancestral

Além do cuidado na escolha dos modelos, a produção também requer atenção em todo o processo de confecção para levar ao cliente a experiência que a marca oferece através de uma identidade visual estabelecida ao longo de sua trajetória. A exemplo de Souje, que em suas produções traz como uma de suas marcas para a ArtSouje diversas influências soteropolitanas, como as religiões de matriz africana, através dos Orixás.

“Na minha arte, em específico, trago as forças da natureza. Eu gosto de trazer os Orixás numa camada singela e plural, para que não tenha uma definição sobre isso, porque minha moda percorre vários gêneros. Eu gosto de trazer várias camadas. A forma de colocar as roupas, da primeira até a última, nada é por acaso”, salienta.

Na poética da vestimenta de Souje, essas influências se mesclam com a tecnologia e o afrofuturismo. “A tecnologia sempre foi para mim algo muito latente, e quando traz na estética e na visão de hoje, se a gente não pensar no nosso futuro, a gente não pensa na nossa existência”.

Dáurea Souza é uma das clientes de Souje. Na primeira compra, ela solicitou duas camisetas customizadas para o artista. “Comprei duas camisetas para o meu noivo, mas ele fez de forma customizada individualmente para a gente. Nós falamos sobre os tecidos, as medidas, a arte que queríamos, as cores e ele construiu a peça a partir do que a gente tinha planejado e conversado, diz Dáurea.

Para ela, Souje transcende a atividade de estilista. “Ele é um artista, tem uma sensibilidade muito grande, e eu acredito que dentro da moda afro em Salvador, ele tem um papel muito importante, porque sendo uma pessoa tão jovem, que conhece as nossas dores, alegrias, o que nos move, e sendo uma pessoa no recorte LGBT, a gente se vê vestindo uma roupa que foi criada por uma pessoa que teve todas essas vivências, com um resgate ancestral, e que vai mostrar ao mundo que somos seres plurais, que a gente não é só dor, que a gente é cor”.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por SALCITY ®️ (@salcitycria)

Assim como Souje, Lucas também faz presente as influências soteropolitanas em suas produções. “É impossível, nós como uma marca representativa de Salvador não falar do festejo da mãe das águas, da rainha do mar, dessa Orixá que é tão conhecida e tão amada e querida, que tem vários filhos e filhas na cidade”, diz Lucas sobre Iemanjá.

O mesmo ocorre com a Teroy13, que traz essas influências com a mistura do afrofuturismo em suas peças, em tons vibrantes, jeans e brean. “Queremos vender experiências, fazer com que aquela peça se comunique com a pessoa, de certa forma, se estiver usando uma saia, que a pessoa se sinta magnífica, que aquela saia tenha uma troca pessoal com ela. A gente vende sensações”, diz Albert.

O empreendedorismo na moda soteropolitana negra se manifesta através de uma nova perspectiva de vida, diferente dos ancestrais escravizados, mas como um novo olhar de futuro com prosperidade para as pessoas negras. Pois é sobre respeitar quem veio antes, mas pensar de outra forma e “ressignificar o futuro”, como dizia o cineasta norte-americano Marlon Troy Riggs.

Assuntos relacionados

Afrofuturismo Cultura Afro-Brasileira empreendedorismo Moda

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Afrofuturismo Cultura Afro-Brasileira empreendedorismo Moda

Repórter cidadão

Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro

ACESSAR

Assuntos relacionados

Afrofuturismo Cultura Afro-Brasileira empreendedorismo Moda

Publicações Relacionadas

A tarde play
Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo
Play

Programa Acredita busca facilitar empreendedorismo no país

Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo
Play

Empreendedoras negras revelam novos olhares sobre a beleza feminina

Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo
Play

Feira reúne pequenos negócios das cadeias produtivas do estado

Coleção 'Khanoi', da Teroy13, explora ambientação do espaço e Afrofuturismo
Play

“Teremos um período de incerteza na aplicação das novas regras”, diz juiz

x

Assine nossa newsletter e receba conteúdos especiais sobre a Bahia

Selecione abaixo temas de sua preferência e receba notificações personalizadas

BAHIA BBB 2024 CULTURA ECONOMIA ENTRETENIMENTO ESPORTES MUNICÍPIOS MÚSICA POLÍTICA