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EMPREGOS & NEGÓCIOS

Montar um food truck custa em média entre R$ 50 mil e R$ 70 mil

Por Gabriel Fraga* | Foto: Matheus Buranelli | Ag. A TARDE

28/04/2019 - 13:33 h
Telma vende hamburgeres artesanais no Belga Burger
Telma vende hamburgeres artesanais no Belga Burger -

Vender comida na rua é um dos métodos mais tradicionais de conseguir renda de maneira informal. Dados do Sebrae apontam que 2% da população brasileira é composta por vendedores de comida de rua. Com a constante modernização dos meios de produção, os food trucks entraram no gosto dos consumidores e, desde a década passada, vêm aparecendo cada vez mais nas ruas do País. O investimento inicial pode variar entre R$ 50 mil e R$ 70 mil ou chegar a valores mais altos, em torno de R$ 200 mil, dependendo da tecnologia utilizada. Em Salvador a legislação para este tipo de negócio foi sancionada em 2015.

No Imbuí, na praça que fica entre a Rua das Gaivotas e a Rua Jayme Sapolnik, a prefeitura de Salvador fez um acordo com os comerciantes que já estavam estabelecidos no local: eles poderiam continuar vendendo ali, porém não podem colocar mesas e cadeiras no espaço público e, além deles, nenhum outro comerciante pode utilizar a área.

Telma Silva é dona do food truck Belga Burger, onde, há um ano, vende hambúrgueres artesanais. Seu investimento foi de R$ 90 mil apenas para comprar o caminhão e R$ 150 mil no total. Ela conta que resolveu investir no ramo alimentício com o marido para fugir do desemprego e que sonha em abrir uma hamburgueria na Barra. Apesar da opção vegana ser bastante requisitada, a mais vendida é o burguer cheddar.

Logo ao lado encontra-se a Shawarma Basha, pertencente ao argelino Amine Tchikou, que há três anos, com o primo palestino, vende shawarma na praça, que consiste basicamente em fatias finas de carne de carneiro ou frango assadas no espeto vertical, servidas no pão árabe com legumes e outros acompanhamentos. “É um sanduíche da nossa cultura. Nós sempre procurávamos para comer e nunca encontrávamos, então surgiu essa ideia”, explica. “Primeiro nós colocamos um carrinho aqui e, com o tempo, conseguimos comprar o trailer”. Ele aplicou R$ 60 mil para dar início ao negócio e lembra que houve uma rápida identificação por parte dos fregueses.

Valmir das Neves é proprietário da Top Cozinha Oriental, também reside no local há três anos. Em seu food truck, oferece opções de yakissoba e temaki e conta que, diferentemente dos outros, não costuma ir a eventos e está prestes a abrir um restaurante no supermercado Extra da Rótula do Abacaxi. Seu investimento inicial foi de R$ 75 mil e teve aceitação imediata pelos moradores do bairro.

Já na Praça Stella Maris, Fábio Gagliano vende pastéis no Sublime Pastel’s há dois anos. Além do ponto fixo, também faz eventos para os quais é convidado. “As pessoas vão contratando e indicando umas às outras”, conta. O sabor de pastel mais vendido é o de carne seca com banana-da-terra. Um pouco mais adiante encontra-se a Bagaça Lanches, tocada por Madson Caldas há um ano, que tinha o objetivo de trabalhar de forma autônoma. Dentre a grande variedade de opções em seu cardápio, a mais famosa é o seu cachorro-quente. O comerciante explica também como funcionam os eventos da prefeitura, nos quais é preciso pagar uma licença para poder participar. No Carnaval, a diária para trabalhar nos circuitos da festa chega a custar R$ 800.

Planejamento e gestão

Ana Paula Almeida, coordenadora de turismo e economia criativa do Sebrae Bahia, sugere que, como todo tipo de negócio, quem pretende abrir um food truck precisa pensar em planejamento e gestão. “Definir posicionamento de mercado, público-alvo e estabelecer estratégias também são fundamentais para garantir a sustentabilidade e obter os resultados desejados”, explica a coordenadora.

O Sebrae Bahia possui atendimento especializado para esse tipo de negócio, com a metodologia ‘gestão eficiente para bares e restaurantes’. O módulo ‘planejamento’ é ideal para quem está se estruturando ou já atua nesse segmento.

“Salvador possui uma boa programação anual de eventos públicos e particulares, possibilitando a atuação, a depender das regras e oportunidades geradas pelos organizadores, o que torna a cidade acolhedora a este tipo de negócio. Um exemplo são as feiras, temáticas ou não, realizadas durante todo o ano, que possibilitam a chance de o empresário participar e oferecer o seu produto”, completa Ana.

*Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló

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