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EMPREGOS & NEGÓCIOS

Por que a Geração Z não está controlando as finanças? Veja dicas para organizar renda

Geração Z é formada por pessoas nascidas, aproximadamente, entre 1995 e 2010

Por Laura Pita*

21/07/2025 - 7:47 h
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Embora não haja consenso sobre as datas exatas, a Geração Z é formada por pessoas nascidas, aproximadamente, entre 1995 e 2010, que, em geral, cresceram com amplo acesso à informação e tecnologias. Apesar disso, uma pesquisa recente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 47% dos brasileiros dessa geração não controlam suas finanças. O dado revela que, mesmo inseridos em um ambiente digital repleto de informações voltadas à educação financeira, muitos jovens ainda enfrentam dificuldades para se organizarem financeiramente, o que pode comprometer sua autonomia e planejamento de vida a longo prazo.

“A Geração Z é um caso interessante porque, ao mesmo tempo que tem muita informação na palma da mão, ainda encontra dificuldade em transformar isso em um planejamento financeiro real e consistente. Eles sabem que precisam cuidar do dinheiro, querem falar sobre isso, muitos já investem, inclusive, mas a prática diária do planejamento ainda é limitada”, afirma a planejadora financeira Anna Fonseca. Apesar do dado apontado pela CNDL, o planejador financeiro Zaqueu Eliaquim destaca: “Por outro lado, há sinais encorajadores: 53% afirmam controlar suas receitas e despesas, demonstrando uma preocupação crescente com o equilíbrio financeiro. O importante é dar o primeiro passo rumo ao controle financeiro”.

Nascida em 1999, a publicitária Rauane Motta conta que começou a se planejar financeiramente quando começou a trabalhar: “Estava em um trabalho que não me proporcionava segurança, ou seja, eu estava lá hoje, mas não sabia se estaria lá depois”. O que foi o combustível para Rauane, pode ser o obstáculo para outras pessoas começarem a se planejar: “A instabilidade econômica vivida por grande parte da população – marcada por empregos temporários, trabalhos informais e renda variável – dificulta a criação de um plano financeiro consistente”, afirma Zaqueu.

O motorista por aplicativo Mohamad Silva também já se planeja financeiramente. O jovem de 25 anos conta que começou a organizar os gastos e ganhos por causa da sua vontade de viajar. Atualmente, ele divide o que recebe da seguinte forma: “35% é para gastos fixos, 35% eu invisto, 20% eu utilizo para lazer, 10% eu guardo para minha viagem anual”. Anna destaca esse como um dos melhores incentivos para começar a se planejar: “Dinheiro sem propósito vira gasto. Pode ser um curso, uma viagem, ter mais tranquilidade no mês… não importa. O importante é saber por que você está se organizando”.

Já o jornalista Luís Ribeiro, de 27 anos, explica que não foi ensinado sobre economia desde cedo: “Quando eu era adolescente, minha família nunca me explicou sobre como economizar. Quando comecei a trabalhar com carteira assinada, aos 17 anos, eu comecei a pensar sobre isso. No entanto, eu gastava dinheiro com muita besteira. Foi só há uns 5 anos que criei uma planilha com gastos fixos e variáveis. Desde então, eu me planejo de forma periódica”.

Zaqueu destaca que Luís não é um caso isolado: “Um dos principais desafios enfrentados pelos jovens é a falta de educação financeira, já que muitos não têm acesso a esse tipo de conhecimento na escola ou dentro de casa”. É assim que muitos jovens encontram nas redes sociais a solução para a falta de informação, como observa Zaqueu: “Como a Geração Z nasceu em um contexto marcado pela presença constante de smartphones, internet e redes sociais, é natural que seus hábitos financeiros também reflitam essa realidade digital. Esse cenário contribui para uma maior adesão a bancos digitais, menor preferência por investimentos tradicionais, como a poupança, e maior consumo de conteúdos sobre finanças nas mídias sociais”.

Contudo, Anna alerta: “O conteúdo que eles consomem sobre finanças, principalmente nas redes sociais, costuma ser rápido, muito simplificado, e não necessariamente ajuda a construir um plano de longo prazo”.

Para começar, então, um plano financeiro eficiente, a planejadora financeira destaca: “Não é sobre ter uma planilha impecável ou controlar tudo ao centavo. É sobre ter um plano que caiba na sua vida, que te ajude a tomar decisões melhores e que seja flexível para se ajustar quando as coisas mudam, porque elas sempre mudam. O ponto de partida é simples: entender de onde vem e para onde vai o seu dinheiro. Mapeie receita, despesas fixas, variáveis, dívidas. Só assim você vai enxergar o cenário real. Usar a tecnologia a seu favor facilita muito. Não precisa ser uma planilha, se você não gosta, pode ser um app simples, um bloco de notas, o que fizer sentido na sua rotina. No fim, planejamento é sobre clareza, constância e adaptação”.

* Sob supervisão de Cassandra Barteló.

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Tags:

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