ESPECIAL
Bracell quer dobrar áreas de soltura de animais
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Por Ana Cristina Pereira
Em abril deste ano, a Bracell fez a primeira reintegração de animais silvestres na Fazenda Raiz, em Àgua Fria, no agreste baiano. O terreno foi certificado como Área de Soltura de Animais Silvestres (Asas) e se junta a outros três mantidos pela gigante do setor de celulose na Bahia.
“A construção de sistemas regenerativos que favoreçam a natureza, a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos, que são aqueles indispensáveis à sobrevivência, está entre as prioridades da Bracell, que lançou uma importante agenda estratégica de ESG para 2030, chamada de Bracell 2030”, afirma Igor Macedo, especialista em Meio Ambiente da Bracell Bahia.
A reintrodução de animais na natureza é um dos destaques da agenda da empresa, que pretende dobrar o número de áreas certificadas pelos órgãos ambientais para soltura de animais silvestres em matas nativas. Para isso, atua melhorando as condições do habitat de espécies endêmicas e ameaçadas, por meio do monitoramento da qualidade dos ambientes naturais em áreas de conservação.
A Fazenda Raiz, por exemplo, passa por estudos desde 2016, para descrever sua diversidade. E agora está pronta para dar uma nova chance aos animais reabilitados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). O principal diferencial da fazenda, em relação às outras APAs, é o fato de ficar no agreste, com características de Caatinga, um dos biomas mais ameaçados do País. “As condições climáticas são o grande desafio da Caatinga, porque os animais e plantas precisam ter uma forte adaptabilidade a meses sem chuva e, no momento em que ocorre este fenômeno, toda a paisagem muda, saindo das matas brancas para áreas verdes cheias de ambiente propícios à reprodução da biodiversidade”, detalha Igor Macedo.
Até 2021, a Bracell Bahia possuía apenas uma Asas – a Reserva Particular do Patrimônio Natural Lontra (RPPN Lontra), localizada entre os municípios de Entre Rios e Itanagra. Atualmente, são quatro: além da RPPN, a Fazenda Raiz, o Projeto Cachoeira, em Entre Rios, e o Projeto Sergipe, em Jandaíra. Segundo Macedo, a meta é chegar a seis áreas, na Bahia e em São Paulo, até 2030.
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