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05/06/2024 às 3:18 • Atualizada em 05/06/2024 às 11:18 - há XX semanas | Autor: Ana Cristina Pereira

Programa completa um ano com garantia de recursos para financiar ações

Confira caderno especial desta quarta

Imagem ilustrativa da imagem Programa completa um ano com garantia de recursos para financiar ações
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Um ano após seu lançamento, o programa Bahia + Verde segue como o principal guarda-chuva do governo estadual na área ambiental. Desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a iniciativa atravessa esferas públicas, privadas e da sociedade civil e estabelece compromissos prioritários de proteção da sociedade e da biodiversidade. Seus oito eixos de atuação estão alinhados às práticas ESG e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

“O objetivo do Bahia + Verde é trazer uma ressignificação para a política ambiental estadual”, resume o secretário de Meio Ambiente Eduardo Mendonça, que destaca aspectos como a transversalidade, interdisciplinaridade e a educação ambiental como fundamentais. “O plano é extenso, trabalha com médio, longo e até longuíssimos prazos e traz uma série de desafios, mas tivemos importantes avanços neste primeiro ano, como a aprovação do sistema de conversão de multas em ações em prol do meio ambiente”, afirma o secretário.

O gestor se refere ao eixo número 8 do programa, que prevê a viabilização de recursos financeiros para executar as ações e compromissos. O novo Programa de Conversão de Multas foi aprovado em setembro passado e incentiva empresas, organizações ou indivíduos que infringem as leis ambientais a investirem em projetos socioambientais. Pela nova regra, a multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente prestados pelo autuado, seja pessoa física ou jurídica, com possibilidade de aplicação de até 90% de desconto sobre o valor da multa consolidada.

Segundo André Ferraro, chefe de gabinete da Sema, a adesão já garantiu, até agora, recursos da ordem de R$ 200 milhões, que vão ser usados exclusivamente para dinamizar outros eixos do programa, como o de investimento em tecnologia, através, por exemplo, da renovação dos equipamentos para fiscalização e licenciamento ambiental. “Tivemos uma vitória com a boa adesão e o sucesso do decreto de conversão de multas”, reforça André. Os outros eixos do programa são: estruturação da gestão pública ambiental; desenvolvimento de uma política de conservação ambiental; aprimoramento da gestão dos recursos hídricos; estímulo à participação social; uso e produção de energia limpa; e redução dos efeitos das mudanças climáticas.

As ações, destaca o secretário, vão desde o macro, de planejamento, até as diretas, como a campanha de conscientização Chapada Sem Fogo, que passou por 13 cidades. Na última quarta-feira, uma reunião marcou a retomada da atuação do Plano Estadual de Recursos Hídricos, após quase uma década sem atividades. Com um aporte de R$ 4,8 milhões, o comitê gestor vai usar os recursos, até 2025, para desenvolver e pôr em prática um planejamento de gestão de recursos hídricos do estado.

O eixo de conservação ambiental também recebeu uma boa notícia na semana passada, com a divulgação do Atlas da Mata Atlântica pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A Bahia teve uma redução de 57% no desflorestamento em 2023, quando comparado ao mesmo período de 2022. O documento determina a distribuição dos remanescentes da Mata Atlântica, monitora alterações e gere informações atualizadas sobre o bioma.

“Os números demonstram que as medidas adotadas para intensificar a fiscalização e o monitoramento ambiental estão surtindo resultados significativos. Ainda temos um caminho a percorrer até alcançarmos uma das prioridades deste Governo, a meta zero de desmatamento ilegal no estado”, aponta o secretário. Nesse combate, destaca-se a modernização do Programa Harpia, uma ferramenta de sensoriamento remoto que realiza a coleta e a análise de imagens adquiridas por diferentes satélites e faz o cruzamento com outras bases de dados do Inema.

Transição energética - Um dos grandes desafios do Bahia + Verde é conduzir a transição na busca por energia mais limpa no estado. André Ferraro informa que um dos próximos passos do programa é enviar para a Assembleia Legislativa um projeto de lei para regulamentar um grande player de transição energética, que inclui o uso de biocombustível e de energia solar e eólica. Ele destaca a construção da biorrefinaria da Acelen - com previsão de começar a produção diesel renovável em larga escala a partir de 2026 - e também o aumento da produção de energia eólica do estado, que já é o líder nacional no setor.

“Reconhecemos que tivemos alguns ruídos na instalação dos parques eólicos, que têm a ver com a transição, pois qualquer atividade gera impacto ambiental. Não é aceitável, por exemplo, que as torres estejam próximas de comunidades que não tenham acesso à eletricidade. A transição energética precisa ser também econômica e social, produzindo uma história de justiça social e ambiental, com preservação e desenvolvimento”, diz André, acrescentando que é urgente a descarbonização da energia, avançando na inversão das emissões e no fim da dependência histórica dos combustíveis fósseis, hoje em torno de 60%.

Outra ação central dentro do programa é em torno da Baía de Todos-os-Santos, que também ganhou um Plano de Desenvolvimento Sustentável, apresentado pela Sema na última segunda-feira e que será comandado por um grupo com representantes federais, estaduais e municipais. “O grupo vai trabalhar em prol da recuperação da baía, para que ela possa retomar a intensa atividade portuária que já teve no passado, fazendo a reintegração das cidades do Recôncavo de seu entorno. Lá atrás, priorizamos o Litoral Norte, mas precisamos fazer essa correção histórica e para isso a construção da ponte Salvador-Itaparica será fundamental”, projeta André.

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