FÓRUM
Salvador sedia II Fórum Nacional da Economia do Mar
Confira o caderno especial desta quarta
Por Letícia Belém
No dia 20 de junho, o Planejamento Espacial Marinho (PEM) que está sendo elaborado pela Marinha do Brasil para avançar no conhecimento do território brasileiro submerso onde fica a Zona Econômica Exclusiva chamada de Amazônia Azul, será apresentado e debatido no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para autoridades, gestores, bancos, academia e sociedade civil.
Organizado pela Associação Comercial da Bahia (ACB) e pela Fieb, e realizado com o apoio do Ministério Público Federal, da Marinha do Brasil, da Autoridade Portuária da Bahia (Codeba) e empresas do setor, o evento pretende democratizar as informações sobre o estágio atual dos estudos para as empresas sediadas na Baía de Todos os Santos.
O fórum Irá abordar também as novas tecnologias utilizadas nos portos, na logística, na indústria naval, no óleo e gás, no turismo e na navegação náutica para as empresas com atividades na Amazônia Azul, área que possui 5,7 milhões de quilômetros quadrados de dimensão. Será discutida ainda a segurança jurídica para o ordenamento da Economia do Mar aliada às práticas de governança socioambiental, visando o atingimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com o presidente da Comissão de Economia do Mar da ACB, Eduardo Athayde, o fórum é uma maneira de apoiar o PEM, coordenado pela Comissão Interministerial de Recursos do Mar, a pedido do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Aloísio Mercadante, durante o lançamento do programa BNDES Azul.
"Aqui na Capital da Amazônia Azul, o maior estado litorâneo do país, com uma costa de 1.100 km de extensão e um complexo com 11 portos, realizamos esse importante debate nacional para mostrar como aplicar ciência e tecnologia para a garantir a preservação dos ativos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia Azul", declarou o anfitrião.
O consultor para o meio ambiente do Senai Cimatec, César Roberto Carqueija, explicou que o planejamento é fundamental para que os oceanos não sofram com a perda de seus recursos, assim como vem acontecendo com os ecossistemas terrestres. "O PEM é a única forma de prevenção estratégica para a economia mundial que está apostando na economia do mar", explicou. O PEM é um instrumento moderno e completo de governança pública, incluindo ações a níveis estratégicos, táticos e operacionais, alcançando inclusive a capacitação dos agentes executores de interesse.
A chamada Economia do Mar está relacionada às atividades relacionadas ao mar, como a pesca, a aquicultura, a extração de petróleo e gás, a construção naval, o transporte marítimo de mercadorias e pessoas, o turismo náutico, a extração mineral oceânica, extração e refino de sal marinho e sal-gema, além do escoamento de produção ou importação de insumos, envolvendo mais de 20 milhões de trabalhadores.
Com o objetivo de criar uma mentalidade mundial em prol dos mares, a ONU declarou, em 2017, que o período entre 2021 e 2030 será conhecido como "a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável". O Secretário-Geral para Oceanos da ONU, Peter Thomson, afirma que, até 2030, os oceanos poderão produzir 40 vezes mais energia do que temos atualmente, seis vezes mais alimentos, 12 milhões de novos empregos e US$ 15 trilhões de investimentos sustentáveis.
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