Após cinco derrotas seguidas, Vitória espera alcançar metas no Brasileiro
Quando a bola rolar às 18h30 neste domingo, 22, para a partida com o Barueri, a tensão vai aumentar no campo e arquibancadas do Barradão. Tudo por causa das cinco derrotas consecutivas do Vitória no Campeonato Brasileiro, sem direito a um gol sequer nas redes adversárias.
Se até a 30ª rodada os rubro-negros ainda perseguiam a Libertadores, agora, na 36ª de 38 rodadas, as calculadoras são utilizadas com fins menos nobres: a confirmação de uma vaga que já não parece tão certa na Sul-Americana e, o maior perigo, a permanência na Série A, situação que ainda não tinha entrado em pauta no clube.
Frustração para os torcedores, depois de verem o time entre os seis primeiros no turno inicial do campeonato. E situação bem parecida a de 2004, a última vez em que caiu para a Segunda Divisão.
No ambiente rubro-negro essa ameaça não preocupa. “Em 2004, era completamente diferente. No grupo havia muita briga e estrelismo, o time estava bem, mas depois que perdeu na semifinal da Copa do Brasil tudo desandou. Agora todo mundo é unido. É só vencer o jogo contra o Barueri que acaba isso, porque quando os resultados não aparecem começam a dizer que no grupo tem isso ou aquilo”, comentou Leandro Domingues.
Único remanescente do grupo de 2004, quando iniciava a carreira profissional, e jogou 24 das 46 partidas do campeonato, Leandro não quis identificar os brigões da época, mas a imprensa noticiou conflitos entre jogadores mais experientes, como Edilson e Vampeta e outros mais novos, como o meia Magnum.
Domingues, baiano de Vitória da Conquista, inclusive tenta diferenciar atritos envolvendo o atual grupo com os de 2004. “A briga (entre Uelliton e Magal na semana passada) foi normal de time que quer vencer e um tem que cobrar do outro em campo. O que não pode é ter problema fora dele”, disse. Para Domingues, o que prejudicou o time na temporada foram algumas lesões, incluindo a dele, a de Apodi e a de Roger.
Em 2004, um triunfo nos últimos jogos salvaria Leão da degola, mas perdeu todos, sendo dois em casa, contra São Paulo e Ponte Preta, e um fora, contra o Cruzeiro. Na ocasião, faltando três das 46 rodadas, tinha aproveitamento inferior, de apenas 37, 2% contra os 43,1% atuais.
Além disso, o time experimentava a zona de rebaixamento. Uma rodada antes, porém, estava quatro posições distante e não tinha nenhuma passagem por ela.
Risco ainda remoto - Agora, o clube está fora da zona de risco e, para os sites de matemáticos, como o Chance de Gol, não há motivo para desespero porque teria 0,8% de possibilidade de queda e 62,9% de voltar à Sul-Americana.
Para ter 99,95% de chances de chegar à competição continental, o rubro-negro precisaria de mais sete pontos nos três últimos jogos. Com duas vitórias, nos jogos que ainda vai fazer no Barradão, teria 97,2%.
As chances de queda para a Segunda Divisão ainda são pequenas e um triunfo na partida de hoje praticamente as exterminam, pois cairiam para 0,06%. Para o Chance de Gol, se o time não somar mais pontos até o final da competição, ainda assim teria 68,7% de chances de permanecer na Série A.
Um resultado negativo hoje pode fazer com que o rubro-negro seja ultrapassado pelo Fluminense na próxima rodada, no confronto direto. E o time baiano poderia entrar na zona de rebaixamento, restando apenas um jogo. Um triunfo hoje, entretanto, afasta o fantasma.