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29/02/2024 às 13:27 • Atualizada em 01/03/2024 às 10:51 - há XX semanas | Autor: Lincoln Oriaj e Pedro Carreiro

ENTREVISTA

Atleta baiano conquista primeira etapa do mundial de bodyboard

Gabriel Braga recebeu nota máxima e lidera o ranking masculino

Um brasileiro não vencia uma etapa do mundial desde 2014
Um brasileiro não vencia uma etapa do mundial desde 2014 -

O baiano Gabriel Braga conquistou, na última segunda-feira, 26, a primeira etapa do Campeonato Mundial de Bodyboard, realizada no Marrocos. O ótimo desempenho na final, com dois grandes backflips, rendeu nota 10 para o atleta, a maior do evento.

Desde 2014 que um brasileiro não vencia uma etapa do mundial. Gabriel agora lidera o ranking mundial da International Bodyboarding Corporation (IBC), que promove e representa o esporte.

O brasileiro Uri Valadão, campeão mundial em 2008, também subiu ao pódio, na terceira colocação, após ser eliminado na semifinal por Armides Solvers, que perdeu a final para Gabriel Braga. Outro brasileiro na disputa, Eder Luciano foi eliminado ainda nas oitavas.

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Após subir ao lugar mais alto do pódio, Gabriel Braga concedeu uma entrevista ao Portal A TARDE. Ele contou detalhes da preparação, falou sobre sua trajetória no esporte e revelou os próximos passos para seguir na briga pelo título mundial.

A TARDE: Qual a sensação de conquistar a primeira etapa do mundial, ainda mais com nota máxima na final?
Gabriel Braga: A ficha ainda está caindo. Nem em todos os meus sonhos eu imaginaria que fosse da forma que foi. Ainda estou digerindo tudo que aconteceu, mas muito feliz e emocionado. Só tenho a agradecer a Deus, minha família e amigos por não deixarem eu desistir no passado e agora todos os esforços estão sendo colhidos.

AT: Tendo largado na frente, quais suas expectativas para o restante do campeonato? Projeta trazer o título de volta para o Brasil após 16 anos?
GB: Agora com esse resultado, estou focado totalmente em trazer o título para o Brasil. Sei que não vai ser uma tarefa fácil, mas já falei com meu técnico Vinícius Alvim, vamos em busca desse título e treinar como nunca para trazer o título de volta após 16 anos.

AT: Como foi sua preparação para o Marrocos e quais as adversidades você encarou durante a etapa?
GB: No Brasil, o período que precedeu esse evento foi verão e não temos muitas ondas para treinar, porém estava fazendo um trabalho fora d’água para manter o condicionamento físico e mesmo sem onda estava treinando muito, chegando a fazer 4 treinos por dia entre treino físico e treino dentro d’água. Mas esse resultado é um trabalho de anos que venho fazendo. Em alguns momentos pensei em desistir por falta de apoio financeiro, pois em cada etapa do circuito gastamos muito e praticamente toda a premiação que ganhamos usamos para pagar os custos da viagem. Mas desde o ano passado, a Prefeitura de Salvador e a Sudesb estão me dando todo o suporte para continuar e os resultados de todos esses apoios vieram agora.

AT: Qual sua história com o esporte? Como e quando você conheceu o bodyboard e o que te motivou a praticar a modalidade?
GB: Eu comecei a pegar onda com 10 anos, em 2006, meu primo Alex que me apresentou ao surf, mas foram meus amigos de Stella Maris que me fizeram entrar no bodyboard. Era incrível, íamos surfar todo final de semana, passávamos horas e horas dentro d’água. De cara me apaixonei pelo esporte e em 2009 tive meu primeiro resultado, vice-campeão da etapa do circuito brasileiro Júnior com 13 anos e desde então nunca parei de competir e treinar.

Gabriel Braga acertou dois backflips na final contra Armides Solvers
Gabriel Braga acertou dois backflips na final contra Armides Solvers | Foto: Divulgação | IBC

AT: Quais os principais obstáculos que você precisou superar para chegar onde está hoje?

GB: O primeiro obstáculo que enfrentamos foi a falta de suporte financeiro. Graças a Deus meus pais e minha família sempre me deram todo o suporte desde o início para buscar esse sonho, mas também sempre busquei trabalhar para esse fardo não ficar todo para eles. Já rodei uber, trabalhei no carnaval vendendo abadá, na época da faculdade, por quase três anos, eu estagiei, nunca fiquei parado. Hoje trabalho fazendo açaí e graças a Deus temos o apoio das instituições públicas, sem esquecer da bodyboard shop Ucla Brands, uma marca que acreditou em mim e que está comigo há bastante tempo.

AT: Além da vitória na Baía de Taghazout, quais outras conquistas da sua carreira você considera como mais importantes?
GB: Sem dúvidas o título mundial, quero trazer esse título de volta para o Brasil. Sei que não vai ser nada fácil, mas vamos trabalhar duro para isso.

AT: Quais são seus planos para o futuro, tanto em sua carreira profissional no bodyboard quanto fora das águas? Você tem em mente iniciar um projeto social ou escolinha para contribuir com a popularização da modalidade?
GB: Hoje tenho uma lojinha de açaí em Stella Maris, futuramente pretendo me dedicar mais a marca e quem sabe expandir. Pretendo estudar, fazer outra faculdade, aprender nunca é demais. E em relação ao esporte, futuramente eu tenho um desejo de fazer um projeto social, fomentar o esporte, acredito que essa seja uma forma de revelar novos talentos em nosso estado. Hoje ajudo como posso doando alguns materiais de bodyboard para projetos sociais em salvador.

AT: Qual a importância do apoio de outros grandes nomes do bodyboard, como por exemplo Uri Valadão e Eder Luciano?
GB: É de suma importância. Uri foi campeão mundial em 2008 e Eder Luciano é três vezes campeão do Isa Games. Essa bagagem e experiência que eles têm, eu tento absorver ao máximo, além de nos tornarmos amigos durante o processo, me sinto lisonjeado em ter eles como referência e como amigos.

AT: Quais são suas referências no bodyboard?
GB: “Meus amigos são meus ídolos.“ Essa frase nunca fez tanto sentido, me inspiro muito na dedicação e raça dos brasileiros Uri, Eder e do nosso hexacampeão mundial Guilherme Tâmega. Já no estilo de surf, meus grandes amigos Fábio Pinheiro e Bernardo puertas são pessoas com quem eu comecei a surfar e sempre tentava copiar os movimentos para fazer igual.

AT: Quais seus maiores sonhos no bodyboard?
GB: Ser campeão mundial e quem sabe um dia ser campeão olímpico. O bodyboard ainda não é um esporte olímpico, mas quando se tornar espero estar competindo ainda para poder buscar esse título.

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Bodyboard brasil Campeonato mundial Eder Luciano Gabriel Braga Uri Valadão

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