ESPORTES
Baiano representa o Brasil no mundial de karatê no Japão

Por Bruno Porciuncula

Daqui a pouco mais de um mês, precisamente no dia 19 de outubro, um baiano vai subir no dojô representando o Brasil no Campeonato Mundial de Karatê JKA, no Japão. Diego Andrade, 24 anos, foi convocado para fazer parte da Seleção Brasileira e já está se preparando para os combates.
Durante a semana, treina por duas horas, e, aos sábados, quatro horas de muita preparação física, já que os treinos técnicos serão realizados em solo japonês, com a Seleção. "A gente intensifica mais os treinos físicos nesse período, até mesmo para evitar uma contusão", disse Diego. E ele vai precisar de muito fôlego. No torneio, que dura apenas um fim de semana, Diego poderá lutar até 16 vezes.
Os adversários serão os mais variados possíveis, já que o campeonato mundial nos moldes do JKA não tem diferenciação de pesos entre as categorias. Os combates são definidos por sorteios. Ou seja, o "baixinho" Diego, de 1,71m, pode enfrentar alguém de 1,95m, com 200kg, como aconteceu no último mundial, ano passado, na Tailândia, e mesmo assim vencer. "No karatê a diferença de altura ou peso não importa muito", garante.
Quem ele quer encontrar no dojô é o japonês Iimora, adversário que o derrotou na final, na Tailândia, ano passado. "Ele é o nome a ser batido. Ainda mais que só poderei enfrentá-lo na final, pois estaremos em chaves diferentes no torneio", diz. O baiano poderá enfrentá-lo nas finais por equipe e na individual. Além de Diego, outros 21 karatecas brasileiros vão para o mundial que começa no dia 18 de outubro, com a categoria juvenil, e 19, com a adulta.
Lutador e produtor
Entre um golpe e outro, Diego ainda tem que conciliar a vida de karateca com a de produtor em uma agência de marketing de Salvador. "Os meus horários de treinamentos são flexíveis. Às vezes começo às 23h", afirma. A equipe é formada pelo pai, o treinador José Carlos, também faixa preta em karatê, o nutricionista Osvaldo Côrrea e o preparador físico Bruno Doria.
Diego conta com a ajuda dos profissionais na base da amizade, já que patrocínio é difícil porque o esporte não fazer parte das Olimpíadas. Mas ele não desanima e faz intercâmbio com outros atletas da Seleção durante o ano, treinando juntos. "Sempre que possível nos encontramos. Ou eu vou para outros Estados ou eles vêm para cá", disse.
Ele acha difícil que algum dia o esporte entre no programa das Olimpíadas, pois existem muitas federações de karatê. "Também há diversas regras. Tem um estilo que o vencedor é quem noucateia o adversário, tem outro que, se houver o nocaute, há desclassificação", explica.
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