Brasil cria grupo de combate ao racismo nas áreas de esporte e lazer

O governo federal criou um grupo de trabalho para buscar meios de combate ao racismo nas áreas de esporte e lazer. A equipe, formada nesta segunda-feira, 19, terá 45 dias para apresentar o relatório final com as propostas ao Ministério do Esporte.

O propósito do grupo é propor ações, políticas e programas de combate ao racismo e de inclusão da população negra nas práticas esportivas. A equipe também vai elaborar estratégias que aproximem políticas públicas de igualdade racial, esporte e acesso à justiça.

O grupo de trabalho será formado por representantes da sociedade civil, de empresas públicas e de entidades governamentais, que passarão por avaliação do Ministério da Igualdade Racial e do Ministério de Justiça e Segurança Pública do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Destaque do Real Madrid, o atacante Vinicius Júnior é alvo constante de atos racistas por parte de torcedores na Espanha. No mês passado, o craque brasileiro foi vítima de insultos preconceituosos em Valencia, pela 35ª rodada da La Liga. Na ocasião, ele foi chamado de macaco em diversas oportunidades.

Lula já se manifestou publicamente sobre os crimes sofridos por Vini Jr. Em participação no G7, o presidente brasileiro cobrou providências da La Liga e da Fifa para coibir condutas racistas em estádios de futebol.

"Não é possível que, quase no meio do século 21, a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa. Não é justo que um menino pobre, que venceu na vida, que está se transformando num dos melhores jogadores do mundo, certamente do Real Madrid é o melhor, ser ofendido em cada estádio que comparece", disse Lula.

Ainda em respostas aos atos racistas contra Vini Jr. o governo brasileiro publicou uma nota de repúdio assinada pelos ministérios de Relações Exteriores, Igualdade Racial, Esporte e Direitos Humanos.