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Cão que atacou o zagueiro do Bahia Alison chamava-se Danger antes de ser da PM

Publicado sexta-feira, 24 de setembro de 2010 às 11:08 h | Atualizado em 24/09/2010, 11:21 | Autor: Diego Adans, de A TARDE

A tradução para o português causa um certo espanto. Danger: Perigo. Assim era conhecido o cão policial TJ, antes de ser comprado pela PM, em 2005. Da noite para o dia, o rottweiller ganhou status de celebridade.

Utilizado pela corporação para a segurança da arbitragem na partida entre Bahia e Vila Nova, na terça-feira, 22, o animal, por instinto, atacou o zagueiro Alison, logo após o jogo, em Pituaçu. Pelo fato, TJ entrou no noticiário nacional e até internacional.

O tabloide britânico "Daily Mirror" e a agência noticiosa Associated Press divulgaram o ocorrido. Na última quarta, 23, a reportagem do Esporte Clube foi conferir como é a rotina de treinamento de TJ, que teve, acertadamente, o nome mudado.

Sua morada é o Batalhão de Choque da Polícia Militar, em Lauro de Freitas. O zagueiro Alison até foi convidado para visitar seu “algoz” – que, segundo alguns fanáticos tricolores, seria rubro-negro de carteirinha. Porém, o atleta preferiu aproveitar a folga do treino da manhã para passar o tempo com a família.

Trauma? Ele garante que não. “Eu adoro cachorro. Já tive um pastor belga. Sei que a culpa não foi do animal. Talvez eu tenha invadido sua área, não sei. Peço desculpas pelo que falei na hora à PM. Estava de cabeça quente. Isso já está superado”, explicou.

Cão de elite - Com 40 quilos de peso, TJ – que completa 5 anos no próximo dia 15 de outubro– é considerado pelo capitão Castro um “policial” exemplar. “Ele nunca nos deu problema. Aliás, nenhum desses animais. Ao contrário, só nos ajudam. O fato com Alison foi algo isolado. O jogador se aproximou demais do cão, que se sentiu ameaçado e, instintivamente, atacou”, disse o militar.

TJ faz parte do pelotão de elite canino da PM baiana. Ao todo, são 40 animais no canil do Batalhão de Choque. As raças variam entre rottweiller, pastor alemão e labrador. As duas primeiras são escaladas, prioritariamente, em atividades que envolvam guarda e proteção e, a última, por sua vez, para detectar drogas e explosivos. Todos possuem pedigree.

A rotina dos caninos é bastante atribulada. Logo às 8h, eles passam por um exercício de socialização (caminhada com outros animais). Se estiverem em folga, treinam. Geralmente, são duas ou três vezes por semana, com o tempo estimado em duas horas. Para recuperar as energias, são duas refeições diárias: às 10h e às 17h.




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