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Chega ao fim a primeira grande era da Fonte Nova

Publicado segunda-feira, 12 de abril de 2010 às 08:17 h | Atualizado em 22/01/2021, 00:00 | Autor: André Uzeda | A Tarde

Você viveu bons momentos na Fonte Nova?  

O sopro de modernidade, que desde 1938 determinava a construção de uma grande praça esportiva para a Bahia, em substituição ao pioneiro Campo da Graça – na época que o novo equipamento ainda seria chamado de Getúlio Vargas, em homenagem ao presidente do Brasil desde a Revolução de 1930 – é semelhante ao que condena à demolição toda a estrutura do Octávio Mangabeira, ensejando um novo estádio para representar a Bahia no Mundial de 2014.

Inaugurado em 28 de janeiro de 1951, no empate de 1 a 1 entre o Botafogo baiano e o Guarany (ambos clubes já extintos), a Fonte Nova, rebatizada desta forma pelos seus frequentadores, de forma a refutar simbolicamente, com o nome da ladeira que lhe dá acesso, a auto-promoção do governador que faturou a obra, está próxima de ir completamente abaixo, levando consigo 59 anos de muitas histórias.

A tragédia que vitimou sete torcedores, em 25 de novembro de 2007, no jogo entre Bahia x Vila Nova, pelo octogonal final da terceira divisão, juntamente com a eleição de Salvador como uma das sedes da Copa do Mundo, conjurou para a decisão da derrubada dos dois anéis do estádio, além do ginásio de esportes Balbininho e da piscina olímpica, única com estrutura suficiente para abrigar um campeonato nacional na Bahia.

A data para a demolição ainda não foi informada pelo consórcio OAS / Odebrecht, responsável pela construção da arena multiuso para o próximo Mundial, com concessão para os próximos 35 anos. A assessoria de imprensa das empreiteiras, contudo, confirma a proximidade do acontecimento – previsto para maio –, mas evita especificar a data, alegando não querer gerar expectativas nos torcedores. Vã tentativa, ainda mais para quem tem sua vida atrelada ao equipamento esportivo.

Abnegação - Sérgio Silva, presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), é um destes exemplos. Desde 1958, quando a primeira piscina foi inaugurada, sua vida esteve umbilicada com o espaço. Morou em uma casa abaixo das arquibancadas da Fonte, no tempo em que seu pai, Walter Figueredo, tomava conta das jovens promessas da natação baiana.

Por aquelas raias e boias, que herdou do genitor a incumbência de manter os cuidados, conheceu a morte e a superação. Perdeu seu irmão caçula, em 1962, no único afogamento registrado naquela piscina. Em 2000, a maior alegria veio com a medalha de bronze de Edvaldo “Bala” Valério, seu pupilo, nas Olimpíadas de Sydney.

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