CAMPEONATO BRASILEIRO
Com dupla do Ba-Vi, Libra recebe oferta de R$ 4 bilhões do Mubadala
Objetivo do fundo de investimento é enfraquecer a concorrência da Liga Forte Futebol
Por Da Redação
A disputa pela formação da liga que irá gerir o Campeonato Brasileiro nos próximos anos ganhou um novo capítulo recentemente, com uma proposta de investimento feita pelo fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, à entidade Libra, que busca assumir a gestão da competição.
De acordo com o jornalista Rodrigo Capelo, do portal ge.globo, as duas partes se reuniram na última sexta-feira, 26, para discutir a nova proposta, que gira em torno de R$ 4,75 bilhões. Esse valor seria pago se pelo menos 34 dos 40 clubes das Séries A e B do Brasileirão assinarem com a entidade.
Mesmo que a meta mínima de adesões não seja alcançada, o valor proposto permanece na casa dos R$ 4 bilhões caso o número de clubes fique entre 18 e 33. Para isso, é necessário que pelo menos sete dos dez clubes com maior projeção de valores, que são Flamengo, Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Bahia, São Paulo, Santos, Botafogo e Vasco, aceitem a proposta.
A dupla Ba-Vi aderiu ao projeto da Libra, e os presidentes Guilherme Bellintani e Fábio Mota, marcaram presença na reunião em que os termos do acordo foram aceitos pelos dirigentes dos clubes brasileiros.
Essa proposta e suas condições podem ser interpretadas como uma forma de pressão da Libra sobre a Liga Forte Futebol (LFF), entidade concorrente na disputa pela gestão do Brasileirão. A LFF já possui um acordo com o Serengeti, fundo de investimentos dos Estados Unidos.
No contrato da LFF também há uma cláusula denominada "cenário parcial", na qual um valor de aproximadamente R$ 2,2 bilhões seria pago caso a meta de adesões fique abaixo de 36 clubes, totalizando pouco mais de R$ 3,8 bilhões.
Com a Libra apresentando uma cláusula semelhante e oferecendo valores maiores aos clubes no caso de adesões abaixo do desejado, a discussão entre as duas partes, que já teve vários impasses relacionados à divisão de cotas, deve voltar a ser um tema importante nas decisões sobre a gestão do Campeonato Brasileiro.
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