RESISTÊNCIA
Com opções na Bahia, ultramaratona ganha espaço entre os corredores
Atletas vão em busca de realização pessoal e de desafios cada vez maiores
Por Lincoln Oriaj
A corrida tem se popularizado no Brasil ano após ano, com pessoas de todas as idades e qualquer porte físico. É comum ver atletas praticando desde grandes metrópoles até pequenos municípios. Mas existe uma minoria que busca algo além da corrida de rua e das maratonas comuns. É aí que as ultramaratonas entram em cena.
Ultramaratona é uma corrida como qualquer outra, mas superior a 42.195 m. Não existem regras específicas, mas as mais comuns são de 50 km e 100 km. Na Bahia, por exemplo, existem algumas opções de competições como a Ultramaratona Salvador, o Desafio 4 Faróis e a Ultra 100 km na BA-052.
“A cada dia novos atletas surgem se identificando como corredores de rua. A corrida por si só, já é um esporte de rendimento, de superação, de desafio pessoal. Para alguns, aumentar os volumes de treino no desporto faz parte do processo de evolução pessoal. Ser um ultra maratonista na minha opinião é para os corredores faixa preta”, afirmou Éder Martins, educador físico pós-graduado em fisiologia do exercício, ao Portal A TARDE.
Para Éder, o acompanhamento de um profissional de educação física é indispensável para o atleta que deseja realizar uma ultramaratona. Segundo ele, três pilares são importantes para alcançar o resultado desejado.
“Mente, corpo e técnica são três pilares mais que importantes. Periodizar, entender as necessidades de cada atleta e fazer valer a pena todo tempo dedicado no treinamento em busca do resultado final que é a linha de chegada, sem esquecer, claro, da vida familiar e vida profissional”, complementou o profissional que foi duas vezes finalista do IronMan, uma das principais competições de triatlo de longa distância.
Na última edição da Ultra 100 km, que tem largada em Mundo Novo e chegada em Morro do Chapéu, foram 25 inscritos entre homens e mulheres. Desses, 15 concluíram a prova que tem um alto grau de dificuldade por conta das muitas subidas ao longo da Estrada do Feijão.
O analista de sistemas Sérgio Weber, de 44 anos, é adepto da ultramaratona desde 2022. Ele sempre teve uma relação próxima com o esporte, mas começou a correr em 2015, sem grandes ambições, apenas como prática esportiva.
“Após a pandemia, em 2020, decidi entrar na assessoria Eder Martins. No final desse mesmo ano fiz uma prova de 35 km, gostei e direcionei para fazer maratona. Já em 2021, fiz duas maratonas e iniciei a busca por ultramaratonas em Salvador na internet”, contou Sérgio ao Portal A TARDE.
“Em 2022, quando as corridas foram liberadas, teve a Ultramaratona da Independência e eu me inscrevi. Corri 90 km em 12h. Depois dessa continuei treinando e fiz a ultramaratona 4 Faróis, de 100 km, neste mesmo ano. Antes dessa, participei dos 70 km de um grupo de Itapuã, Itapuã x Bonfim x Itapuã. Pronto tinha virado ultramaratonista”, completou.
A ultramaratona é uma experiência desafiadora e gratificante para qualquer corredor de rua, mas vale ressaltar a importância da preparação adequada para que a jornada seja proveitosa. O acompanhamento de um profissional desde os treinos vai acelerar os resultados e melhorar o desempenho, além de diminuir as chances de lesões.
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