Faltou Clodoaldo na Copa do Mundo de 1974 | A TARDE
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Faltou Clodoaldo na Copa do Mundo de 1974

Volante tri no México sofreu lesão e ficou fora na Alemanha

Publicado sábado, 12 de novembro de 2022 às 05:00 h | Atualizado em 18/11/2022, 22:07 | Autor: Paulo Leandro
Clodoaldo (à esq) brilhou em 70 com gol na semi contra o Uruguai
Clodoaldo (à esq) brilhou em 70 com gol na semi contra o Uruguai -

Titular absoluto e queridíssimo por todos os colegas de Seleção, Clodoaldo causou desapontamento geral por perder a oportunidade de jogar a Copa da Alemanha em 1974.

Ele sofreu lesão pouco antes do embarque, embora tenha viajado com a Seleção assim mesmo, para tentar recuperar-se a tempo de jogar. Orgulho de Sergipe, Clodô foi uma ausência sentida na Seleção eliminada pela Holanda, com derrota por 2 a 0, reconhecendo-se a superioridade do carrossel comandado por Johan Crujff.

O volante do Santos foi decisivo na conquista do tri no México, tendo marcado o gol de empate para iniciar a virada por 3 a 1 diante do Uruguai na semifinal. Cubillas abriu o placar em um lance bobo, um toque sutil e fraco, Félix ficou apenas olhando a bola quicar e terminou a criança aninhando-se no barbante brasileiro.

Pronto, o fantasma de 1950 já assustava, quando Gérson, marcado homem a homem por Matosas, combinou com Clodoaldo: vamos trocar de posição. Deu certo. Gérson veio jogar mais atrás e o uruguaio carrapato o acompanhou, Clodoaldo apareceu livre lá na frente e igualou o placar ainda no primeiro tempo, viabilizando a virada.

Zé Maria fica e Nelinho vai

O lateral titular em 1978 seria Zé Maria, do Corinthians, mas uma contusão antes da viagem à Argentina fez Cláudio Coutinho chamar Nelinho, do Cruzeiro. Já no México-86, duas baixas: o zagueiro Mozer ficou e Mauro Galvão foi; no meio-campo, Cerezo sentiu e Valdo seguiu. O Brasil seria eliminado nos pênaltis pela França.

Dois desfalques no tetra e penta

Ricardo Gomes era nome certo como titular na zaga, mas se machucou nos amistosos para a Copa do tetra, em 1994, nos EUA. Em seu lugar, Parreira chamou Ronaldão. Emerson entrou na vaga de Romário em 1998, mas não pôde ser penta em 2002 porque na véspera da estreia sofreu lesão num treino recreativo, ao jogar de goleiro e cair sobre o ombro direito. 

Saída de Rogério muda tática do tri

Rogério, Pelé, Tostão e Edu. Este poderia ter sido o ataque da Seleção no México, caso a escolha fosse por um esquema convencional, com dois extremas abertos e uma dupla de área. No entanto, uma contusão, a de Rogério, contribuiu para uma mexida capaz de alterar completamente o perfil do Brasil, em uma formação arriscada devido à ousadia. Sequer havia sido treinada aquela nova opção, com Jairzinho, de falso ponta, aproveitando os lançamentos de Gérson, complementando-se à surpresa com o improviso de Rivelino pela esquerda, um pouco mais recuado, vindo de trás para ocupar o espaço. Deu tão certo a ponto de Jair, o Furacão da Copa, balançar a rede em todas as partidas, levando a Seleção ao título.

Sem Careca, joga Serginho

A seleção de 1982 estava mais para uma orquestra sinfônica, se fossem distribuídos instrumentos musicais aos seus virtuoses, mas ao menos em uma posição os ouvidos mais apurados perceberam um desafino. O centroavante era Careca, mais próximo do timbre de Zico, Falcão, Sócrates, Cerezo e toda aquela companhia afeiçoada a buscar um conceito de beleza ou arte. Mas Careca sentiu uma lesão a quatro dias da estreia em um treino já na Espanha. Telê Santana chamou Roberto Dinamite do Vasco, mas o titular foi Serginho, do São Paulo, ambos de estilo mais pragmático, grandes artilheiros, sem dúvida, mas talvez um pouco destoantes em relação ao conjunto. O resultado, todos sabem e lamentam: a eliminação, caindo para a Itália.

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