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04/12/2022 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Da Redação

HOMENAGEM

Gol sobre a França faz de Papa Bouba Diop herói senegalês

Vitória em 2002 traduz força africana contra escravidão

Vinte anos atrás, Diop marcou o único gol da vitória sobre os colonizadores franceses
Vinte anos atrás, Diop marcou o único gol da vitória sobre os colonizadores franceses -

Alguém apaixonado por mitografia poderia até dizer terem sido convocados juntos para a Seleção dos Campos Elíseos, onde vão as pessoas boas quando morrem, o senegalês Papa Bouba Diop e o argentino Diego Armando Maradona, ambos ídolos de seus respectivos povos, pelo incondicional alinhamento e dedicação à cidadania de seus países utilizando-se da linguagem da bola.

O desencarne de Maradona em novembro de 2020 ocorreu apenas quatro dias antes de Diop, vítima de esclerose lateral amiotrófica. O jogador ganhou a condição de herói nacional ao marcar o único gol de uma partida de alta significação para os senegaleses, pois enfrentavam a França, então campeã do mundo, potência europeia dominante na África Ocidental por cinco séculos.

Somente em 4 de abril de 1960, os descendentes dos escravizados conquistaram a independência do país. Pode-se dizer terem contribuído para a riqueza dos corsários os povos das regiões ocupadas militarmente onde hoje é o Senegal: foi com a venda dos corpos pretos o financiamento do império, cujo discurso bonito em torno de “igualdade, liberdade e fraternidade” habita o reino da abstração.

O lance mágico ocorreu aos 30 minutos do primeiro tempo da partida de abertura, no dia 31 de maio de 2002. Diop escapou pela esquerda e cruzou, Petit e Barthez bateram cabeça e o mesmo Diop finalizou, caído, para fazer o gol da vitória.

A façanha de 20 anos atrás, na Copa da Coreia do Sul e Japão, deu moral aos africanos do Extremo Oeste. Na sequência, Senegal empatou com a Dinamarca de 1 a 1 e com o Uruguai, num jogo de seis gols: 3 a 3, eliminando a Celeste. Nas oitavas, passou pela Suécia, mas nas quartas caiu para a Turquia.

As homenagens a Bouba Diop são comoventes no Qatar. Os torcedores costumam usar camisas da seleção com o número 19, o mesmo riscado à caneta por Koulibably em sua braçadeira de capitão, como forma de estar junto ao ídolo e trazer seu bonito legado para dentro de campo, pela via da memória.

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