DEPOIMENTO
Defesa de jovem morta diz que atleta do Corinthians foi inconsistente
Lívia Gabriele da Silva Matos morreu após encontro com Dimas, do sub-20 do Timão
Por Da Redação
O advogado Alfredo Porcer, que representa a família de Lívia Gabriele da Silva Matos, morta após encontro com o atleta sub-20 do Corinthians, Dimas Cândido de Oliveira Filho, disse em entrevista que o jogador apresenta "inconsistência" em relação ao que foi dito à polícia no dia da morte.
A investigação recebeu dos pais de Lívia um prontuário médico que confirma uma lesão de cinco centímetros nas partes íntimas da jovem, que faleceu após ter relação sexual com o jogador. De acordo com o advogado, Dimas teria apresentado versões diferentes sobre o que teria acontecido.
O jogador disse para a polícia em primeira conversa, no dia 30 de janeiro, que os dois tiveram duas relações sexuais, com um intervalo, no qual teriam descansado e conversado. A jovem teria passado mal apenas no segundo ato. No último depoimento, que aconteceu nesta quinta, Dimas disse que tiveram apenas uma relação sexual.
"A forma como ele narrou o ocorrido neste depoimento foi o que me chamou atenção. Eles ficaram juntos por aproximadamente uma hora, nesse intervalo tivemos o ocorrido. No calor do momento, ele disse que teve uma primeira relação e viu Lívia desmaiar na segunda vez. Agora, ele disse que foi apenas uma relação e percebeu que ela não estava bem. A parte do descansar e conversar sumiu", disse o advogado ao jornal "O Globo".
De acordo com o prontuário, houve uma lesão de cinco centímetros na região chamada Saco de Douglas, a porção mais alta da parede vaginal. Para o advogado, a confirmação da laceração é grave, mas não é capaz de esclarecer se houve violência no caso.
"A confirmação da gravidade da lesão me causou surpresa, causou surpresa no pai e na mãe, que está sob remédios. A irmã perdeu a alma gêmea dela. Essa família quer uma explicação, relata o advogado. “Eu nunca disse que foi intencional, seria leviano dizer que ele usou de violência, mas não dá para aceitar que isso foi normal. Tinha toalhas de sangue no apartamento e a polícia encontrou apenas um preservativo. Não posso deixar de observar esses detalhes que podem vir a ser relevantes, como também insignificantes com o decorrer da investigação", explicou.
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