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Dinheiro de fundos ligados ao PCC bancou R$ 300 milhões na SAF do Atlético-MG

Documentos revelam que investimento do banqueiro Daniel Vorcaro tem origem em fundos investigados pelo MP de São Paulo por lavagem de dinheiro

Redação

Por Redação

18/10/2025 - 10:24 h
Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master
Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master -

O investimento de R$ 300 milhões feito pelo banqueiro Daniel Vorcaro para adquirir parte da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Atlético-MG tem uma origem controversa.

Documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que o dinheiro usado na Galo Holding SA partiu de fundos de investimento que estão sob investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por suspeita de servirem para lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio do PCC (Primeiro Comando da Capital).

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A descoberta, que envolve um complexo esquema de "fundo sobre fundo", lança uma sombra sobre a injeção de capital no clube mineiro. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão.

O esquema "Fundo sobre Fundo"

O veículo utilizado por Daniel Vorcaro para deter 26,9% da Galo Holding SA é o Galo Forte FIP. O Sport Insider mapeou o fluxo de capital e descobriu que o dinheiro do Galo Forte FIP está ligado a uma complexa cadeia de fundos, idêntica ao modelo investigado pelo MP-SP no âmbito da Operação Carbono Oculto.

No topo da cadeia investigada pelo MP-SP estão os fundos Olaf 95 e Hans 95, geridos pela Reag Investimentos. Em agosto, a sede de ambos os fundos foi alvo de busca e apreensão.

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O MP-SP aponta que esses fundos de investimento são "um pilar central na estrutura do crime organizado sob apuração, sendo instrumentalizados para diversos propósitos criminosos, principalmente a ocultação e a lavagem de capitais".

O patrimônio do Galo Forte FIP, que hoje é de R$ 300 milhões, coincide com os aportes públicos feitos por Daniel Vorcaro na SAF: R$ 100 milhões em novembro de 2023 e mais R$ 200 milhões em julho de 2024. O fundo Astralo figura como único cotista do Galo Forte.

A dificuldade em identificar os cotistas finais dos fundos é proposital, segundo o MP-SP, que afirma que a estrutura visa "criar camadas sobrepostas para dificultar ou impedir a identificação do beneficiário final".

Posicionamento das empresas

Procurado pela reportagem do Estadão, o Atlético-MG se manifestou por meio de nota oficial, afirmando que o Galo Forte Fundo de Investimento é um veículo devidamente constituído e regular perante a CVM. "Contexto no qual o Atlético não tem conhecimento de quaisquer irregularidades", disse o clube.

A Reag Investimentos também se posicionou, esclarecendo que sua função é apenas como prestadora de serviços de administração dos fundos e não como "dona" dos recursos. A empresa ainda informou que seu negócio de administração de serviços está em negociações adiantadas para venda.

O Banco Master, comandado por Daniel Vorcaro, também foi procurado para se manifestar, mas não enviou resposta.

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Tags:

Atlético-MG Daniel Vorcaro SAF do Atlético-MG

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