COPA AMÉRICA
É hoje! Brasil tem chance de recuperar confiança contra Uruguai
Seleção Brasileira teve primeira fase fraca na Copa América
Por Patrick Levi

Depois de uma atuação que rendeu muitas críticas ao desempenho da Seleção Brasileira na última rodada da fase de grupos, contra a Colômbia, o Brasil voltará a campo hoje em partida decisiva, válida pelas quartas de final da Copa América, contra um rival tradicional, o Uruguai, que vem demonstrando até aqui o que seria para muitos o melhor futebol da competição. O duelo está marcado para começar às 22h (horário da Bahia), no Allegiant Stadium, em Las Vegas (EUA).
Os comandados pelo técnico Dorival Júnior buscam afastar a sensação de insegurança que já perdura há um bom tempo, sobretudo após os desempenhos abaixo da média do Brasil com os treinadores anteriores — Ramon Menezes e Fernando Diniz. Especificamente nesta edição da competição da Conmebol, os brasileiros pouco convenceram e passaram de fase apenas na segunda colocação do seu grupo.
Na estreia, um empate sem gols contra a Costa Rica fez a torcida ligar o alerta. Na ocasião, o lateral direito Danilo, da Juventus, chegou a discutir acaloradamente com um torcedor que estava na arquibancada logo depois do apito final. Na rodada seguinte veio a melhor atuação da Canarinho no torneio: com Vini Júnior bailando e tendo ido às redes duas vezes, a vitória veio em uma goleada por 4 a 1.
Mas o que parecia bom durou pouco e o balde de água fria veio contra os colombianos, que dominaram o Brasil e tiveram boas chances de sair com o triunfo — o jogo acabou em 1 a 1. Para complicar ainda mais o cenário, nessa partida Vinicius foi amarelado logo no início, o que o deixa de fora do confronto de hoje, contra a Celeste Olímpica.
Se tivesse passado na primeira colocação, certamente o desafio de hoje seria muito mais ameno, contra a seleção do Panamá, mas essa não é a realidade. Mesmo assim, é possível que o Brasil pegue uma situação ruim e a transforme em algo positivo: se conseguir a classificação contra o time de Marcelo Bielsa, a confiança do elenco e da torcida pode crescer consideravelmente e se tornar, consequentemente, o combustível necessário para a Amarelinha alcançar o decacampeonato.
Se os números não forem o suficiente para por o adversário de hoje entre os cotados ao título (a seleção uruguaia está com 100% de aproveitamento e tem o melhor ataque da Copa América, com nove gols marcados), as palavras do capitão da Seleção Brasileira, Danilo, parece não deixar tantas dúvidas: “É uma equipe muito potente [o Uruguai], que tem muita qualidade e vem demonstrando isso. Vai ser um grande jogo”, afirmou.
Sem erros
Contra uma equipe tão forte quanto a de hoje, os jogadores precisam estar atentos a cada dividida. Além disso, como o Uruguai tem uma das melhores defesas da competição (apenas um gol sofrido), cada oportunidade clara deve ser convertida em gol. Com Vini Jr de fora, o artilheiro do Brasil, outras peças devem suprir esse espaço. E Endrick, que tem pouca minutagem no torneio (jogou apenas 35 minutos somadas as três partidas), é o escolhido para começar como titular pela primeira vez. Vale destacar que o jovem atleta é quem mais vezes foi às redes na era Dorival.
Em entrevista coletiva concedida nessa semana, o goleiro Alisson avaliou a fase de grupos que fez o Brasil e projetou o embate desta noite. Para o guardião das redes verde e amarelas, é preciso mudança de postura, já que qualquer erro dentro de campo pode ser fatal — pelo caráter de mata-mata e pela qualidade do oponente.
“Queríamos nos classificar na primeira colocação, que é nosso principal objetivo. Mas a classificação veio, e é o mais importante. Agora começa o mata-mata e precisamos ligar uma chave diferente. São partidas que não permitem erros. Então, já estamos focados no Uruguai para fazer o melhor”, disse o goleiro.
A muralha do Liverpool sabe que agora não há mais vidas extras. Oscilar está fora de cogitação se os brasileiros querem trazer o título para casa. Mesmo com tanto a perder, o jogador pediu tranquilidade ao torcedor: “Esse é um grande desafio, principalmente neste momento de reconstrução, um novo ciclo. Por isso, pedimos paciência para aprimorar em todos os aspectos”.
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