E.C.BAHIA
LGBTricolor denuncia cânticos homofóbicos da torcida do Flamengo
Torcedores do Flamengo entoaram cânticos homofóbicos na Fonte Nova e foram denunciados ao Ministério Público e ao STJD
Por Amanda Souza e Larissa Falcão
Presente na 21ª Parada do Orgulho LGBT+ de Salvador que está rolando neste domingo (8), Tainá Sena, diretora da torcida LGBTricolor, se pronunciou sobre os cânticos homofóbicos entoados pela torcida do Flamengo durante a partida contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, pela Copa do Brasil. O episódio ocorreu no dia 28 de agosto e a LGBTricolor não hesitou em tomar providências.
"A gente sempre que vê cânticos homofóbicos tanto da nossa torcida quanto de torcidas direcionadas à nossa, procura fazer denúncia. A gente vai até o Ministério Público, ao STJD [Superior Tribunal de Justiça Desportiva], e essa semana a gente postou, já que conseguimos acesso a esse vídeo. A gente não tinha postado antes porque não tinha como comprovar. Agora, temos um vídeo com um cântico bem nítido, já enviamos a denúncia ao STJD, ao Ministério Público, e vamos fazer de tudo para que a torcida do Flamengo seja punida, como também corremos atrás quando nossa própria torcida erra", declarou Tainá.
Além de repudiar o comportamento homofóbico, Tainá destacou o trabalho da LGBTricolor na promoção de inclusão no futebol, um espaço historicamente marcado por preconceito. "A gente tem movimentado uma galera, não só da nossa comunidade. Temos arrastado muita gente hétero atrás da gente, porque, quando enxergam que o LGBT também sabe falar de futebol, veem que estamos construindo um espaço que antes era impossível", comentou.
Tainá também celebrou o crescimento da torcida e o impacto que têm causado; a torcida, inclusive, está com um trio próprio na Parada neste domingo. "Hoje, a gente consegue ser a maior torcida LGBT de um time de futebol, e esse é o nosso segundo ano com um trio só nosso. A gente traz nossos parceiros, tem a galera do LGBT que cola junto, a galera da Parada. E para a gente não é uma coisa simples de se fazer, é lutar o ano inteiro, porque o ambiente do futebol é 100% machista. Estamos construindo espaços e abrindo portas para que outras pessoas LGBT consigam gostar de futebol e vejam que ser LGBT dá o direito de estar em todos os lugares."
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