FALOU E DISSE!
Fábio Mota detalha acordos e redução de dívidas; confira detalhes
Gestor afirma que o clube diminuiu a dívida de R$ 500 mi para R$ 180 mi
Por Redação

O Esporte Clube Vitória continua em processo de reformulação e busca se organizar financeiramente para garantir estabilidade e credibilidade no mercado. Em entrevista à Rádio Sociedade nesta sexta-feira, 28, o presidente Fábio Mota detalhou os acordos realizados pelo clube para o pagamento das dívidas.
De acordo com Mota, o Vitória firmou acordos importantes com a Justiça do Trabalho, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) e o Banco Daycoval. O clube tem uma dívida de R$ 45 milhões com a Justiça do Trabalho e acertou um parcelamento de R$ 950 mil por mês. Caso o pagamento não seja feito em um dos meses, o total será cobrado integralmente e executado.
Mota destacou que, se o acordo não for cumprido, o clube terá as contas bloqueadas e os bens penhorados, situação que o Vitória já enfrentou em administrações anteriores.
Além disso, o clube tem uma dívida de R$ 30 milhões com a CNRD, com um parcelamento de R$ 500 mil mensais. Com o Banco Daycoval, o débito caiu de R$ 16 milhões para R$ 7 milhões, com uma previsão de pagamento de R$ 500 mil por mês. Caso o pagamento não seja efetuado, o banco pode executar e penhorar ativos como o Estádio Barradão e o estacionamento.
Programa Perse
Para quitar as dívidas relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Vitória aderiu ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o que resultou em uma redução de quase 50% do débito.
Mota explicou que o clube precisa pagar entre R$ 1,3 milhões e R$ 1,5 milhões mensais ao Perse e que o valor total dos impostos normais a serem pagos pelo clube gira em torno de R$ 5 milhões por mês.
Vendas e Investimentos
Recentemente, o Vitória negociou os jogadores Wagner Leonardo e Lucas Esteves para o Grêmio, arrecadando R$ 32 milhões. Mota explicou que o orçamento do clube para 2025 já previa a venda de atletas, com uma expectativa de faturamento de R$ 26 milhões, o que ajudou a equilibrar as finanças do clube.
Sobre as contratações realizadas para o elenco de 2025, o presidente destacou investimentos em jogadores como Wellington Rato (R$ 5 milhões), Fabri (R$ 3,1 milhões), Claudinho (R$ 5 milhões) e Gabriel (R$ 1 milhão). Mota esclareceu que os valores das compras foram parcelados, já que o Vitória não tinha dinheiro em caixa para realizar esses pagamentos à vista.
Redução da Dívida e Críticas à Gestão Anterior
Fábio Mota revelou que, ao assumir a presidência do Vitória, a dívida total do clube era de R$ 500 milhões. Atualmente, o débito foi reduzido para R$ 180 milhões, mas o presidente afirmou que o clube ainda precisa de pelo menos dois anos para alcançar o equilíbrio financeiro. Mota também fez críticas as gestões anteriores, onde criticou seus antecessores pela situação financeira do clube como "irresponsáveis".
"Quando eu cheguei no Vitória, o clube devia R$ 500 milhões e hoje deve R$ 180 milhões. É uma grande redução, mas ainda há muito a ser feito. O Vitória terá dois anos para zerar suas dívidas. O problema do Vitória não é só a folha de R$ 8,5 milhões que pagamos de atletas, mas também os quase R$ 8 milhões de dívida que herdamos. São dívidas deixadas por uma gestão irresponsável", concluiu o presidente.
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