Bahia avança com Grupo City e proposta será anunciada em abril
Proposta está perto de ser concretizada e será entregue ao Conselho Deliberativo do clube nas próximas semanas
A negociação entre Bahia e o Grupo City, dono de diversos clube em todo o mundo, sendo o principal deles o Manchester City, da Inglaterra, seguem evoluindo e a tendência é que a proposta de compra do clube seja apresentada ao Conselho Deliberativo do clube nas próximas semanas, ainda durante o mês de abril.
De acordo com reportagem da ESPN Brasil, a negociação entre Bahia e Grupo CIty já existe há alguns meses e está muito bem encaminhada. No entanto, antes de apresentar a proposta ao Conselho, clube e investidores ainda debatem algumas cláusulas contratuais. Os possíveis valores envolvidos no acordo não foram divulgados.
A mesma informação foi publicada nesta terça-feira, 28, na coluna de Rodrigo Mattos, no UOL. Segundo a reportagem, toda a discussão foi em torno dos detalhes de como funcionaria a aquisição de maneira com que o Bahia esteja seguro e seja uma equipe competitiva.
Uma das cláusulas prevê que o clube não abre mão de que questões como o símbolo e cores de camisa não sofram grandes transformações.
Em entrevista no início de março, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou que o clube busca mais do que um "cheque" e negocia um projeto que seja benéfico. Conforme a ESPN, o Tricolor recebeu sondagens de ao menos dez investidores, entre eles a 777 Partners, que está em processo de compra do Vasco, e o americano John Textor, novo dono do Botafogo.
"Avançamos muito e estamos muito próximos da construção desse projeto. Porque o Bahia não está no mercado atrás de um cheque. Estamos atrás de um projeto...Dentro desse projeto está o dinheiro, é óbvio. Não se constrói um projeto vencedor, que mude o Bahia de patamar sem injeção de recurso. Mas o recurso não pode ser a única decisão", disse Bellintani.
Mudança de patamar
Com dez clubes espalhados pelo mundo, o Grupo City tem o Manchester City como carro-chefe e busca um time brasileiro para ser seu segundo mais importante e estar em patamares altos na América do Sul. O projeto é criar um time competitivo, que seja top 6 no Brasileiro.
Para alcançar esse objetivo, o Grupo City entendeu o Bahia como uma equipe de melhor custo-benefício, já que o Tricolor tem dívidas na casa de R$ 250 milhões, bem menor do que a de outros clubes que aderiram ao modelo de SAF, como Botafogo, Vasco e Cruzeiro. Além disso, a grande torcida, a tradição nacional e os ativos do clube, como o CT Evaristo de Macedo, pesaram a favor.
Decisão dos sócios
Ainda nesse mês, o Bahia anunciou a criação de uma comissão especial do Conselho Deliberativo para analisar a mudança de modelo do clube para uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), após lei implementada pelo Congresso permitir a alteração. De maneira resumida, ao se tornar um SAF, o clube deixa de ter os benefícios fiscais de não ser uma empresa, ao mesmo tempo que terá uma tributação mais generosa.
Finalizado o pré-acordo com o Grupo City, a diretoria do Bahia irá encaminhar a proposta para o Conselho Deliberativo do Bahia, que fará a análise minuciosa do documento antes de encaminhá-lo para a votação da Assembleia Geral de Sócios, cuja sessão ainda não tem data para acontecer.