É HOJE!
Bahia busca fazer da Fonte Nova fator crucial para vencer o Cruzeiro
Tricolor está "de volta pro aconchego"
Por Patrick Levi
Depois de dez dias, o Esquadrão está ‘de volta pro aconchego’. Mas, diferentemente da canção eternizada na voz da saudosa Elba Ramalho, o elenco tricolor não traz na mala apenas saudade das vozes que fazem coro de apoio nas arquibancadas, mas também de uma vaga entre os quatro primeiros colocados da Série A (aqueles que classificam para a Libertadores), lugar onde só saiu depois da derrota na última rodada, diante do Flamengo.
Assim como o ‘eu lírico’ da música citada, no duelo das 16h de hoje, contra o Cruzeiro, o Bahia vai atrás de um ‘sorriso sincero e um forte abraço’, especificamente dos torcedores. É inegável que na atual temporada, dentro de casa, o clube tem conseguido fazer valer a sua força. E isso está constatado no fato de o time só ter sido superado uma vez no ano em Salvador — em janeiro, com elenco sub-20, na abertura do Campeonato Baiano.
O tal ‘fator casa’ vai ser importante para o Tricolor voltar ao prumo e mostrar que o revés (apenas o segundo no Brasileirão) da última quinta-feira foi um acidente de percurso. Mas, não só por isso: contra a Raposa, o retrospecto recente (últimos dez embates) é preocupante, já que o Bahia só levou a melhor em duas oportunidades – com ambos os triunfos na Fonte Nova.
Histórico
Apenas um ponto separa o Tricolor, atual quinto colocado, dos visitantes, que estão uma posição abaixo. Portanto, o jogo de logo mais é um confronto direto. Contudo, esse equilíbrio presente nessa edição da Elite entre as duas equipes pouco conversa com o histórico do embate, que revela vantagem grandes dos mineiros.
Em 57 partidas entre os times, o Cruzeiro venceu em 31 oportunidades (o equivalente a 54% das vezes). A quantidade de partidas nas quais o Bahia ficou com o resultado positivo é igual ao número de empates do duelo: treze, isto é, em 23% dos encontros.
Na última edição do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro levou a melhor em Belo Horizonte-MG (3 a 0), mas em Salvador o duelo terminou com o placar em igualdade (2 a 2). É preciso voltar para 2022, em jogo válido pela Série B daquele ano, para achar o triunfo mais recente do Bahia nesse recorte: 2 a 0, todos os gols marcados pelo carismático atacante Vítor Jacaré.
Se os números pouco animam a torcida azul, branca e vermelha, a esperança deve ser mantida na aura que afeta o time quando joga em casa, já que das treze vitórias do histórico, onze foram na Bahia.
Desafio maior?
Depois do confronto contra o Flamengo, no Maracanã, onde o rubro-negro carioca dificilmente não tem o favoritismo ao seu lado, o técnico Rogério Ceni avaliou o adversário de hoje. Mesmo tendo sido derrotado pelo Mengão, para o treinador, o Cruzeiro seria ainda mais difícil de ser batido.
“O Cruzeiro é um time bem difícil, dá pouco espaço. Não dá espaço como o Flamengo deu hoje [quinta] para a gente jogar, para transitar a bola na tranquilidade que transitamos. Vamos encontrar muito mais dificuldades no sentido de construção”, comentou.
Além disso, o ‘professor’ Ceni levantou outro ponto que poderia ser determinante para os rumos da partida das 16h: o desgaste físico e o tempo de recuperação dos jogadores. Enquanto o Esquadrão teve dois dias de preparação, a Raposa teve três.
“Essas 24 horas a mais que o Cruzeiro tem podem ter reflexo. Ao menos psicologicamente, temos que nos livrar o mais rápido possível dessa derrota. É sofrido perder com um gol no último minuto sendo melhor na partida. O Cruzeiro tem 17 pontos, um ponto a mais que a gente, e passa a ser um confronto importante”, acrescentou o técnico.
Com os ingressos sendo vendidos desde a última quarta-feira (19) para sócios e depois público geral, a expectativa é de casa cheia, visto que a diretoria do Bahia liberou ingressos promocionais em todos os setores da Arena.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes