MELHOR FUTEBOL
Bahia e Fortaleza duelam para mostrar quem manda no Nordeste
Tricolor, embalado por boa campanha na Elite, e Fortaleza, confiante pelo título regional, duelam hoje
Por Patrick Levi
Se o parâmetro de comparação for o desempenho no Campeonato Brasileiro, é possível afirmar que, hoje, o Esquadrão joga o melhor futebol do Nordeste; se o critério utilizado for a conquista do Regional, o Fortaleza, atual campeão do torneio, seria considerado o clube nordestino que vive o melhor momento.
É para por mais fogo nessa discussão que acontece o confronto das 21h30 de hoje, na Fonte Nova, válido pela oitava rodada do Brasileirão. Depois de muito tempo de descanso (11 dias), o Tricolor de Aço recebe o Leão do Pici e quer mostrar à sua fiel torcida que o ritmo de triunfos continua.
Em contrapartida, os visitantes, nesse mesmo período, precisaram encarar dois jogos desgastantes (as partidas de ida e volta da decisão do Nordestão). O duelo entre o terceiro colocado da Série A, o Bahia, contra o 11°, o Fortaleza, promete grandes emoções, reencontros e a chance de aumentar o moral como principal representante da região na busca de troféus.
Para os donos da casa está em jogo também a possibilidade de voltar a liderar o Brasileirão depois de sete anos (a última vez que isso ocorreu foi em maio de 2017). Com 14 pontos atualmente e dentro da zona de classificação para a próxima Libertadores, o resultado positivo o faria ultrapassar o líder, Botafogo, que tem 16, e assumir a ponta caso o Flamengo perca ou empate.
O Bahia perdeu apenas uma vez na Série A, justamente na estreia, contra o Internacional, em Porto Alegre-RS. Na Fonte, o time está desde janeiro sem ser superado, o que constata como o apoio das arquibancadas é determinante para os comandados pelo técnico Rogério Ceni. Mas, vale ressaltar que do outro lado há uma equipe que, junto ao Atlético-MG, é a única que ainda não foi derrotada nesta edição da Elite.
Similaridades
Embora considerados a ‘primeira força’ em seus respectivos estados, os adversários de hoje não conseguiram, em 2024, ficar com o título nem do Baianão nem do Campeonato Cearense. Pior ainda, os times assistiram a seus maiores rivais, Vitória e Ceará, gritar ‘é campeão!’ nas finais.
Mas não param por aí as interseções entre o Bahia e o Fortaleza. Talvez a maior delas seja também a mais óbvia: o ‘professor’ Ceni.
O atual treinador do Super-Homem foi técnico do Lion entre 2018 e 2020, e lá conseguiu ser bicampeão estadual, além de ter conquistado uma Segundona do Brasileiro e o primeiro Nordestão da história do clube.
Depois que deixou de treinar os cearenses, Ceni já os enfrentou em seis oportunidades: duas vezes pelo Flamengo, três pelo São Paulo e uma pelo Bahia, no ano passado, em partida que terminou em 2 a 0 para o Esquadrão.
Fim de invencibilidade?
O desafio de hoje é grande para ambos os lados. Tanto Bahia quanto Fortaleza mantêm, no Brasileiro, grande invencibilidade. Os dois times estão há seis rodadas sem perder, muito embora, nesse intervalo, os cearenses só tenham vencido dois confrontos. O clube baiano venceu quatro desses jogos, inclusive adversários cotados ao título, como Grêmio e Fluminense.
Os protagonistas do futebol nordestino nos últimos anos têm a melhor sequência invicta entre os 20 times da Elite. Um empate garantiria a continuidade da série, mas pode não ser do agrado de ninguém, já que o Tricolor pode ver o Mengão se desgarrar e o Leão deixaria escapar uma boa chance de encostar no G-4.
Preparativos e desfalques
O último treinamento do Bahia antes do confronto aconteceu ontem, no CT Evaristo de Macedo. O foco dado por Rogério Ceni foi no posicionamento dos seus jogadores em campo. O Tricolor teve sete treinos para fazer desde a última vez que disputou uma partida.
Com Santiago Arias foi convocado para defender a seleção colombiana na Copa América, o treinador não conta com o lateral. Para a posição, é muito provável que Gilberto, titular no ano passado, seja a escolha de Ceni, mas Cicinho também é uma opção.
Quem não vai para jogo é Thaciano, um dos principais jogadores do elenco na temporada, que está suspenso. Para substituir o jogador coringa, diante de Ceni há muitas possibilidades, como Rafael Ratão, Ademir e Biel – principal passador do Bahia no ano.
Na zaga, Victor Cuesta pode voltar aos relacionáveis, já que nesta semana tornou a treinar normalmente depois de lesão no joelho que o tirou dos últimos três jogos do Esquadrão. A última vez que o xerife foi à campo foi no empate de 2 a 2 contra o Leão da Barra.
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