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Bahia e Fortaleza medem força na última rodada do 1º turno
Por Rafael Tiago Nunes

Bahia e Fortaleza se enfrentam neste domingo, 15, às 16h, na Arena Fonte Nova, no jogo válido pela última rodada do primeiro turno da Série A do Campeonato Brasileiro. Mais do que o resultado em campo – claro que os dois querem os três pontos –, a partida representa uma nova realidade de patamar para as duas equipes no futebol brasileiro.
O Bahia está em sétimo lugar, com 30 pontos, e com a melhor campanha da sua história já cravada nos livros. Sem esquecer de que, a cada rodada que se passa, o sonho de voltar à Libertadores é cada vez mais real e possível. Além disso, tem as contas em dia, passou a ser um clube bem administrado nas questões organizacionais e financeiras e se tornou referência em questões sociais, como no combate ao racismo, ao feminismo, entre tantos outros temas.
Neste domingo, por exemplo, o Esquadrão realiza uma campanha contra homofobia. E as bandeirinhas de escanteio, fincadas nas quatro quinas do campo, terão as cores do movimento LGBTQI, de forma simbólica. A ação ganhou #LevanteBandeira.
O Fortaleza, rival do dia, não fica pra trás. Após conquistar o título da Série B em 2018 e, consequentemente, o acesso à Série A deste ano, conquistou, já na atual temporada, a Copa do Nordeste e o Cfampeonato Cearense. No Brasileirão, ocupa a 13ª colocação, com 21 pontos, e é uma das surpresas da competição.
Mas o Leão do Pici também chama a atenção fora das quatro linhas. Sob a gestão do presidente Marcelo Paz – assumiu em 2018 –, o time cearense tem se destaco também pela planejamento estratégico e a profissionalização de diversas áreas – com remuneração de dirigentes e a implementação do procedimento de compliance – o clube potencializou diversos setores investindo em estrutura e no próprio torcedor.
Como consequência, viu o quadro de sócios-torcedores subir de 12.500 em novembro de 2017 para pouco mais de 30 mil neste ano. Além disso, no Brasileirão, o Fortaleza tem média de 30.696 pagantes, a quinta melhor da competição. O Bahia não fica muito atrás. O Tricolor é o sétimo no ranking, com média de 26.454 mil pagantes por jogo.
“O clube vive uma situação estável. Procuramos gerar novas receitas diariamente em busca de equilíbrio e, além de conseguir honrar os nossos compromissos tanto com jogadores como com funcionários do clube, conseguimos diminuir algumas dívidas que estão pendentes. A ideia é fazer tudo de uma maneira racional e com os pés no chão”, afirmou o presidente Marcelo Paz.
O dirigente da equipe cearense aproveitou para rasgar elogios à administração do tricolor baiano, o qual chamou de exemplo de gestão. “O Bahia, com seus últimos presidentes, praticou uma gestão moderna e que se aproximou muito do torcedor, algo que sempre buscamos no Fortaleza. É um clube que tem tido administração inteligente e acho que podemos aprender muitas coisas juntos. Não tenho problema em afirmar que serve como espelho para nós”, disse Paz.
Clássico regional
Bahia e Fortaleza já se enfrentaram nesta temporada, em jogo válido pela fase de grupos da Copa do Nordeste. Na ocasião, o duelo, realizado no Castelão, acabou empatado em 2 a 2, com gols de Ramires e Gilberto para o Bahia. Enquanto Júnior Santos e Quintero marcaram para o Leão do Pici.
Com a volta de Artur confirmada no time titular, Roger Machado vai com força máxima. Questionado sobre ser o favorito para o embate e de ser dono de um futebol equivalente ao de Flamengo e Grêmio, o técnico do Bahia preferiu desconversar e valorizar o esquema que tem adotado.
“Não quero falar especificamente dos dois times. Cada time tem sua maneira de jogar, e várias formas de ser bonito. Nossa forma, a forma encontrada e que tem agradado o nosso torcedor, é o que importa. Se o torcedor está feliz, a gente está feliz”, afirmou.
No Fortaleza, o volante Juninho, que pertence ao Bahia, não poderá jogar por questões contratuais.
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