DESAFIO
Bahia tenta encerrar sequência de derrotas contra o algoz Flamengo
Tricolor busca interromper marca negativa no Campeonato Brasileiro
Por Patrick Levi
Não há dúvida que o Esquadrão está embalado no Brasileirão. Com nove rodadas finalizadas até aqui, a equipe figura na zona de classificação para a Copa Libertadores e só tem um revés computado — na primeira rodada, contra o Internacional, fora de casa.
No entanto, se for levado em consideração o histórico recente do embate contra o adversário de amanhã, o Flamengo, no Maracanã, o desafio se mostra grande e a sequência invicta do clube baiano (onze jogos) está em grande risco.
Que a campanha do Tricolor de Aço na atual edição do Campeonato Brasileiro foge à rotina dos últimos anos do Bahia na competição ninguém pode questionar. O padrão do time na Série A, até mesmo no primeiro ano como SAF, se mantinha em brigar pela permanência na Elite ou, nos melhores momentos, beliscar vaga na Copa Sul-Americana.
Já em 2024, essa lógica foi suspensa e a realidade se mostra bem diferente dada a colocação atual do clube e os triunfos contra equipes cotadas ao título. Agora, outra interrupção que Super-Homem quer fazer é à série de derrotas contra o rubro-negro carioca.
Algoz inconteste
Entre todos os 19 times do Brasileiro, o Mengão é quem mais vezes impediu o Bahia de pontuar. Para se ter noção, nos últimos sete confrontos, o time vermelho e preto levou a melhor em 100% das vezes.
O último resultado positivo que o Tricolor teve contra o Flamengo foi em 2019, por 3 z 0, na Fonte Nova. Quando a análise se restringe a partidas que aconteceram no Rio de Janeiro, como será a de amanhã, o cenário fica pior ainda: Desde setembro de 2011 o Bahia não sabe o que é vencer o adversário como visitante.
No que se refere ao número de gols feitos e sofridos, logicamente os baianos levam a pior. Na história, foram 57 jogos entre as equipes. A média de gols do Esquadrão é de apenas um por partida. Já o Flamengo, muito mais fatal, tem noventa computados. Ainda nessa seara, mais recentemente, o que tem marcado o desempenho dos cariocas no duelo é facilidade para estufar as redes: foram 24 vezes nos últimos sete jogos.
Embora o confronto aponte vantagem para o Fla, a tabela da Série A mostra equilíbrio, e é à isso que fiel torcida azul, branca e vermelha pode se prender para ficar com expectativas positivas. Os clubes têm o mesmo número de vitórias (cinco), empates (três) e derrotas (uma) no Campeonato Brasileiro. O que os deixa com o mesmo número de pontos (18), com o Bahia atrás por uma posição por questões do saldo de gols.
Favoritismo para lá
Quem sabe do tamanho do desafio que é quebrar esse tabu é o técnico Rogério Ceni, que conhece bem o Flamengo, clube que treinou de 2020 a 2021 e chegou a ser campeão nacional. Em entrevista coletiva concedida logo depois do empate contra o Criciúma, o comandante do Bahia afirmou que o favoritismo estará com os donos da casa.
“Eu nunca vi alguém jogar contra o Flamengo no Maracanã e ser favorito. Tem desfalques na Seleção, e mesmo assim ainda é um ‘timasso’. [...]Se formos só nos defender, não vale a pena ir para o Maracanã. Você tem que desfrutar. Temos que jogar com o objetivo de vencer o jogo, respeitando o Flamengo, que é sempre favorito”, comentou o treinador tricolor.
O que pode fomentar ainda mais o favoritismo do Flamengo é que agora Tite volta a ter peças importantes à sua disposição, como é o caso do atacante Everton Cebolinha, que ficou de fora do confronto contra o Athletico Paranaense (2 a 2) por conta de dores no músculo da coxa direita.
Além dele, devem voltar o volante Allan e o zagueiro Ayrton Lucas, que estavam de fora desde o clássico contra o Vasco. Os jogadores treinaram normalmente ontem, no Ninho do Urubu. Diferentemente do ponta Bruno Henrique, que ainda se recupera de quadro de virose e ficou de fora dos treinos por dois dias seguidos e é dúvida para ir ao jogo.
Se BH realmente precisar se ausentar, segundo falas de Ceni, o Bahia ganha mais chances de pontuar, já que o atleta é fundamental no esquema organizado por Tie.
“Bruno Henrique no ataque é muito bom cabeceador, assim como Pedro, que é um jogador alto. Mas nada impede que façamos um bom jogo contra eles”, comentou.
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