Bahia tenta quebrar tabu diante do Corinthians para deixar o Z-4 | A TARDE
Atarde > Esportes > E.C.Bahia

Bahia tenta quebrar tabu diante do Corinthians para deixar o Z-4

Publicado terça-feira, 05 de outubro de 2021 às 06:05 h | Autor: Eduardo Cohim
No Z-4, o Tricolor de Rodallega precisa de resultado improvável em um estádio no qual nunca venceu | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia
No Z-4, o Tricolor de Rodallega precisa de resultado improvável em um estádio no qual nunca venceu | Foto: Felipe Oliveira | EC Bahia -

Vamos ser sincero. Não será nenhuma surpresa se o Bahia sair nesta terça-feira, 5, da Neo Química Arena derrotado e ainda mais afundado na zona de rebaixamento. Aliás, surpreendente será se o Esquadrão conquistar um triunfo contra o Corinthians, às 21h30, pela 24ª rodada do Brasileirão. É óbvio pensar isso, já que o Alvinegro nunca perdeu para o Tricolor em casa desde que passou a mandar seus jogos no Itaquerão, em 2014.

>>Veja tabela de classificação e jogos da Série A

á foram seis partidas no palco construído para a abertura da Copa do Mundo. Em cinco deles o Bahia saiu derrotado e apenas uma vez empatou, com cinco gols marcados e 14 sofridos. É, tá vendo que o repertório não é bom? E fica pior.

O Bahia não derrota o Corinthians em São Paulo desde 2008, quando os clubes jogavam na Série B. O jogo foi no Pacaembu, e Elias marcou um gol de falta aos nove minutos. O Esquadrão passou os outros 81 minutos sendo bombardeado, mas conseguiu resistir à pressão, quebrando a invencibilidade do Timão e causando a sua única derrota em casa naquela competição.

Momento atual

Mas quem vive de passado é museu, certo? O problema é que nem olhando para o presente a situação é promissora. Após início caótico, o Corinthians buscou reforços de peso e embalou uma sequência de dez jogos sem perder até alcançar a 6ª colocação – no jogo passado essa série positiva foi ameaçada com o 2 a 0 aberto pelo Red Bull Bragantino, mas o Timão buscou o empate. Já o Bahia apresentou bom começo de Série A, só que perdeu rendimento, peças importantes, não repôs à altura e despencou na tabela até entrar no Z-4 pela primeira vez na rodada passada.

Se perder, o futuro também fica bastante comprometido. No final de semana, deu sorte de ver o Grêmio perder, mas dessa vez não pode dar sopa ao azar e deixar seus rivais na briga pelo Z-4 escapulirem. Para evitar isso, o time não pode mais cometer vacilos, como alertou o meia Daniel. “Temos que entrar concentrados na partida. Não pode mais tomar gol bobo, por falta de atenção. Acabou o momento de ficar passando por isso várias vezes. Espero que a gente saia feliz de lá”.

Boas notícias

Por todo esse contexto de tabu e zona da degola, o Esquadrão deve sentir a bola mais pesada do que em toda a temporada, principalmente nos primeiros minutos, em que o nervosismo é natural e o Timão deve ser empurrado pelo retorno de sua torcida. Só que o Bahia conta com algumas novidades boas que podem animar os torcedores mais otimistas.

Primeiro, tudo leva a crer que um passo foi dado na resolução dos atrasos dos salários. Como forma de protesto, os jogadores optaram por não conceder entrevistas nem concentrar nos jogos em casa. Mas já que Daniel deu entrevista coletiva, então essa é uma primeira pista de que a negociação avançou.

O meia foi perguntado sobre o assunto na segunda, 4, mas não deixou claro se a questão foi encerrada. “A palavra não é nem protesto. Acho que foi uma conversa verdadeira, sincera, como sempre aconteceu aqui dentro entre jogadores e diretoria. A única coisa que posso falar para o torcedor é que o clima aqui dentro do Bahia é só um, é todo mundo unido, o foco é tirar o time o mais rápido dessa situação”.

Além disso, Diego Dabove conta com os retornos de Rodriguinho e Índio Ramirez. Se eles vão a campo, já é outra história. Desde que o professor chegou, nenhuma escalação foi repetida. Quem também percebeu isso foi o próprio Daniel.

“Nosso treinador já demonstrou que tem uma linha de trabalho que monta o time muito em função do time que vai jogar contra. Muitos jogadores às vezes não estão na relação, depois jogam de titular, ficam no banco, entram. Ele está mostrando que vai utilizar todo mundo, que é um grupo, que ele não tem os 11 definidos”, analisou.

Publicações relacionadas