EC.BAHIA
Banco de Sangue: Reservas fazem sua parte no Bahia
Reservas mantêm intensidade dos titulares e garantem pontos essenciais para boa campanha do Tricolor
Por Luiz Teles
Jogadores ganham partidas e elencos ganham campeonatos. O ‘mantra’, repetido costumeiramente por 10 a cada 10 coachs e treinadores do meio do futebol, não tem autor identificado, mas em torneios longos e de pontos corridos como o Brasileirão, cai como uma luva para times de sucesso e pode também ajudar a explicar a boa arrancada do Bahia nesse início de Série A. Sem os pontos garantidos por seu banco de reservas, o Tricolor teria apenas uma campanha de meio de tabela.
Dos 14 pontos conquistados pelo Esquadrão até aqui, quatro vieram dos pés de jogadores que saíram do banco e deram aquele sangue a mais pelo time no momento em que ele mais precisava. Foi assim com os gols de Everaldo e Biel (também com uma assistência) no empate em 2 a 2 com o Vitória; no tento de Ratão com lançamento de De Pena no triunfo sobre o Botafogo, por 2 a 1; e no golaço de Ademir no 1 a 1 com o Atlético-MG no último domingo, em lance que contou ainda com nova participação de De Pena e passe para gol de Oscar Estupiñán.
Se tivesse apenas 10 pontos no campeonato e saldo de gols zerado, o Bahia estaria ocupando a 9ª colocação na tabela. Hoje, com os 14 pontos, está no topo da tabela e só perde a liderança para o Flamengo pelo saldo de gols (7 contra 3).
O bom desempenho dos reservas tem também reflexo em elementos do jogo que os números brutos não explicam com exatidão, como por exemplo a confiança dos titulares em atuar com maior intensidade. Jogadores com funções ofensivas e defensivas de muito desgaste, como Thaciano, Everton Ribeiro, Everaldo, Cauly e Caio Alexandre foram substituídos em quase todas as partidas do Bahia.
“No momento que foram feitas as trocas precisávamos de mais energia em campo. Colocamos o Estupiñán para dar mais presença no ataque e apostamos em mais velocidade com o Biel e Ademir. Foi importante para dar energia ao time e reerguer a equipe para mudar o panorama do jogo em busca do empate”, avaliou o técnico Rogério Ceni na coletiva pós-jogo do Atlético-MG. “Temos bons jogadores na equipe! É fácil colocar alguém em campo, difícil é escolher quem tirar. Mas a entrada deles foi muito importante e decisiva. Vamos avaliar a equipe agora para a partida contra o Fortaleza”, disse, projetando mudanças forçadas que terá que fazer na equipe para o duelo do próximo dia 13, na Fonte Nova.
Thaciano suspenso
Contra o Galo, o polivalente Thaciano recebeu seu terceiro cartão amarelo no Brasileiro. Com ele de fora do jogo contra o Fortaleza, Rogério terá que promover um reserva à equipe titular, algo que deve passar a ser uma constante, já que hoje ele tem no time quatro jogadores ‘pendurados’: Gabriel Xavier, Kanu, De Pena e Everton Ribeiro.
Por atuarem pelos lados, Biel, Ratão e Ademir abrem a corrida para ficar entre os 11 em vantagem. Estupiñán e De Pena correm por fora, em substituições que forçariam o treinador a mudar também um pouco da estrutura da equipe.
O Bahia terá também outra mudança compulsória na lateral-direita, com a ida de Arias para a disputa da Copa América com a seleção colombiana. Nessa posição, contudo, Ceni não deve fazer muita ginástica para escolher um substituto, com Gilberto muito favorito a ganhar o posto no duelo com Cicinho.
Para ajustar o time, Rogério terá mais sete dias de trabalho a partir de hoje. Ontem, a equipe se reapresentou após folgas na segunda e terça-feira. O elenco tem dias seguidos de treino até domingo, quando terá seu último descanso antes de enfrentar o Fortaleza.
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