EC.BAHIA
Binha: "No meu coração, o Bahia é o maior do mundo"

Por Lucas Cunha

O Jornal A TARDE dá continuidade à série de entrevistas com os cinco candidatos à presidência do Bahia, que concorrerão no pleito que acontece no sábado, na Arena Fonte Nova. O segundo entrevistado é o projetista industrial Flávio Alexandre, 57 anos, mais conhecido pela alcunha de Binha de São Caetano, postulante ao cargo pela chapa 'Bahia Campeão dos Campeões'.
>>Abílio Freire: "O objetivo é gerir o Bahia pensando no torcedor"
Famoso torcedor do Esquadrão, Binha diz que, “com muita modéstia e humildade”, está sempre presente em todos os jogos, seja em Salvador ou qualquer parte do Brasil.
“Onde o Bahia está, eu estou. Viajar não é fácil. Tem que ter jogo de cintura. A cultura dos estados é outra. Bahia e Caxias só tinha Binha no estádio. Bahia e Luverdense, Bahia e Juventude, Bahia e Nacional de Manaus. Não é por isso que eu sou melhor que os outros, só estou contando a minha história de vida”.
Foi justamente em uma dessas viagens que o sonho de ser presidente do Bahia começou a ganhar corpo. Em 2012, Binha estava acompanhando o Tricolor baiano em um jogo contra o Atlético-MG quando teve um encontro com o ex-presidente do Atlético-MG e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que incentivou sua candidatura.
“Quando acabou a partida, fui ao vestiário do Bahia e encontrei o Kalil por lá. Falei com ele que era torcedor do Bahia, que viajava o Brasil com o time. Perguntei se teria condições de ser presidente. Ele me disse que sim, por que não? Ele falou que o pai dele também era torcedor de arquibancada e virou presidente”.
Pai Rubro-negro
A paixão de Binha pelo Bahia não vem de família. Seu pai é torcedor do Vitória.
“Ele é fanático, mas não tinha o direito de me influenciar. Assim como eu não influenciei meus filhos. A camisa e as estrelas foram que fizeram eles torcerem para o Bahia”.
Desde a infância e a adolescência, Binha tem a lembrança de um Bahia campeão, com grandes equipes e diversos ídolos. O que hoje, segundo Binha, não acontece.
“Se você me perguntar o time do Bahia atual eu não sei escalar. Mas sei o campeão brasileiro de 59, o heptacampeão baiano nos anos 70 e o bi brasileiro em 88”.
É por desejar o retorno desse Bahia campeão, conquistando os títulos da “Copa do Brasil, Série A, Libertadores e Mundial”, que Binha resolveu lançar seu nome como presidente. Ele diz que como costuma “pensar alto” para o clube, acaba sendo mal-interpretado por considerar o Esquadrão como “o melhor time do mundo”.
“As pessoas acabam distorcendo e dizendo que não ‘giro’ bem, elas têm a mania de analisar pelo lado ruim. Para mim, no meu coração, o Bahia é o maior do mundo. É maior que Barcelona, Real Madrid, Bayern, Roma, Boca Juniors. Mas isso é para mim. Assim como para mim São Caetano é o melhor bairro do mundo, minha família é a melhor do mundo, minha casa é a melhor do mundo, minha cidade e meu estado são os melhores do mundo. Sempre respeitando os demais, com modéstia e sem arrogância”.
Para Binha, o seu principal diferencial em relação aos outros candidatos é justamente acreditar que o Bahia tem condições de ganhar todos os títulos que o clube disputa.
“O torcedor que quer ser campeão brasileiro vota em Binha. Quem quer participar do campeonato, vota nos outros candidatos. O Bahia é muito grande, uma potência. Se São Paulo, Santos e Palmeiras, que são níveis Bahia, entram para ganhar, por que o Bahia vai entrar para participar? Não consigo entender isso”.
Caso eleito, Binha afirma que vai doar todo salário para a divisão da base e pretende reaproximar o Bahia do seu torcedor e da imprensa.
“Vou abrir a porta do Fazendão para a imprensa e para o torcedor. Não vou brigar com ninguém. Quero união dentro do Bahia. Não vou brigar com a Rede Globo, nem com a imprensa, nem com a torcida. Quem quer vencer na vida não pode ser de briga. Comigo será tudo na amizade, vou tratar todo mundo bem”.
Independente do resultado do pleito, Binha diz que sempre estará ao lado do clube.
“Eu só tenho um time no mundo: Esporte Clube Bahia. Não torço para Barcelona e Real Madrid. Nem para a Seleção brasileira eu torço. Só o Bahia. A minha vida é o Bahia, amo de coração. Por isso que quero ser presidente. Tenho ao meu lado pessoas como o José Luiz (Zé Tricolor, vice de Binha), uma pessoa culta e inteligente. Teremos só pessoas que querem o bem do Bahia”.
Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.
Participe também do nosso canal no WhatsApp.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes



