EC.BAHIA
Fogo de palha? Bahia busca se manter em alta no Ba-Vi
Tricolor vem animado por triunfo contra Fluminense
Por Patrick Levi
Depois do resultado positivo conquista na última terça-feira, o Tricolor de Aço tem pela frente, em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, o seu maior rival, Vitória, no Barradão. Já que, como é dito no mundo da bola, clássico não tem favorito, como o Esquadrão pode fazer do último triunfo o pontapé inicial de uma excelente fase?
Nas atuais circunstâncias, em que o Bahia parece ter recuperado parcialmente a confiança da sua imensa torcida no trabalho de Rogério Ceni, surge o desafio de manter estável esse sentimento vindo das arquibancadas. Na rodada de estreia do Brasileirão, fora de casa, o time foi superado pelo Internacional, mas no jogo seguinte, diante do atual campeão da América, o Esquadrão mandou na partida e ficou com os primeiros três pontos na competição.
É possível para a massa vermelha, branca e azul acreditar que, com o elenco milionário do Bahia, o time tem a capacidade de fazer do Ba-Vi um jogo onde o ‘fator clássico’ não pese muito, mas a grande questão que se coloca é que em outros momentos também nesta temporada, mesmo vindo de vitórias, o Superman Tricolor parece ter enfrentado um Leão armado com criptonita (em alusão aos quadrinhos da DC Comics).
Diante disso, antes do clássico da terceira rodada, uma dúvida surge no ar: os comandados por Ceni vão fazer valer a sua força ou a grande atuação contra o Fluminense teria sido apenas fogo de palha?
Duelos anteriores
Na atual temporada, Bahia e Vitória já se enfrentaram em quatro oportunidades – três vezes pelo Campeonato Baiano e uma pelo Nordestão. Até aqui, o Colossal leva vantagem, sobretudo por ter ficado com o título do Estadual.
O Esquadrão de Aço chegou ao primeiro Ba-Vi do ano animado, já que o seu time principal havia entrado em campo cinco vezes pelo Baianão e estava com 100% de aproveitamento. Na partida pré-clássico, válida pelo Regional, aplicou um chocolate (3 a 0) sobre o América-RN.
Quando o árbitro apitou pela última vez no Barradão naquela ocasião, no entanto, o Bahia havia sido superado, mesmo tendo estado na frente do placar em dado momento. Final: 3 a 2.
Veio o segundo Ba-Vi, pela Copa do Nordeste, em março, e dessa vez o Tricolor levou a melhor: 2 a 1, com gols de Jean Lucas e Kanu.
Já no terceiro confronto, o primeiro jogo da final do Baiano, o resultado foi amargo (mais uma derrota por 3 a 2). Confiantes por terem eliminado o Jequié com facilidades nas semi do torneio, o Bahia foi surpreendido pelo Colossal.
Vale destacar que o Esquadrão havia, há duas partidas, passado de fase na Copa do Brasil ao eliminar o Caxias fora de casa (nunca antes tinha feito isso contra um time gaúcho), mas só nos pênaltis.
Agora, mais uma vez o clube baiano se vê em um bom momento antes de pegar o rival, mas a sensação pode ir por água abaixo caso novamente tropece na Toca do Leão.
Confiança
Na sua coletiva após o triunfo diante do Fluminense, o técnico Rogério Ceni falou sobre a expectativa para o Ba-Vi. O ex-goleiro parecia confiante por ter tido sucesso contra o ‘Dinizismo’ do Flu.
“É hora de fazer um grande jogo, nós temos que fazer um grande jogo lá. Temos tempo e condições para ter um time tão competitivo como foi hoje [terça] e fazer um bom jogo contra o Vitória”, disse.
Recentemente, Ceni tem sido alvo de críticas dos torcedores. Desde agosto do ano passado, quando chegou ao comando da equipe, esse é o momento em que o treinador mais é pressionado no cargo. Caso, mais uma vez, seu elenco seja superado pelo Vitória, a tendência é que a pressão da torcida aumente.
“Se isso for pressão, eu trabalho sob pressão há 34 anos. É meu 28º Campeonato Brasileiro, é um campeonato onde cada jogo é uma final. [...] Gosto de entregar sempre bons resultados e faço o melhor. Mas não só isso define, o trabalho é tão importante quanto”, comentou.
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