EC.BAHIA
Gilberto faz hat-trick, Bahia atropela o Fla e encerra jejum de triunfos
Por Levy Teles* e Daniel Genonadio*
De um lado, um time que estava há sete jogos sem perder; do outro, um clube com sete jogos sem vencer. Um duelo de um time embalado por uma classificação na Libertadores, o Flamengo, contra um abalado com o retrospecto no segundo semestre, o Bahia. O resultado? Triunfo para o Tricolor, que ignorou o time recheado por estrelas do Rubro-Negro carioca e sapecou 3 a 0 na tarde deste domingo, 4, com uma performance marcante de Gilberto, que não marcava num jogo de Brasileiro desde maio.
O atacante aproveitou a oportunidade e já fez o hat-trick logo no primeiro tempo – primeiro gol aos 20, segundo aos 30 e o primeiro aos 50, levando o trocedor do Esquadrão a fazer a festa na Fonte Nova durante o intervalo do primeiro tempo.
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No jogo deste domingo, o Bahia se fez valer da virtude do próprio time e da organização tática adversária para sufocar o Flamengo: a marcação no campo de defesa adversário para recuperar a posse de bola, além de aproveitar das altas linhas defensivas rubro-negras.
As jogadas velozes do Tricolor renderam um grande primeiro tempo. E, aos 20 minutos, Nino Paraíba fez um belo passe de longa distância, atrás da linha do meio de campo, para encontrar Gilberto, sozinho, na grande área, emendar com um chute colocado, superando Diego Alves e abrindo o placar do jogo.
Dez minutos depois do gol, o goleiro flamenguista resolveu colaborar. Pablo Marí recuou para Diego Alves que, pressionado, afastou a bola mal e deu de graça para Gilberto mandar de perna esquerda para o gol vazio e fazer o segundo e incendiar a Fonte Nova.
Com o apito final do primeiro tempo se aproximando, o contra-ataque mortal foi a cereja no bola. Após jogada de escanteio do Flamengo, Gilberto se aproveitou da sobra e acionou Artur em velocidade, que, ao chegar perto da grande área, devolveu ao centroavante que, sozinho, empurrou para o gol de Diego Alves e fez o terceiro.
No segundo tempo, o Esquadrão não freou as ações e seguiu usando dos contra-ataques como o principal trunfo para manter o controle das ações ofensivas. Aos 7, Moisés, a plenos vapores, saiu em altíssima velocidade na recomposição ofensiva e levou a bola do meio campo ao ataque e finalizou ao gol de Diego Alves. O arqueiro defendeu, mas ainda deixou a bola passar, dando um leve susto na torcida rubro-negra.
O lateral-esquerdo seguiu muito bem ofensivamente durante o resto do jogo. Aos 29, acionou Eric Ramires, na frente da área. Ele ainda se movimentou para receber a tabela, abrindo espaço para o meia cortar pro meio e bater colocado e obrigar uma grande defesa de Diego Alves. Quatro minutos depois, ele mesmo carregou a bola no meio de campo até fintar Thuler e mandar um foguete de perna esquerda, no canto do goleiro – o arqueiro flamenguista defendeu no reflexo.
O Flamengo ainda tentou chegar ao campo de ataque, mas continuou esbarrando em grande partida do sistema defensivo Tricolor. Mesmo com quase 70% de posse de bola, os cariocas só criaram duas chances em toda a partida. Fernandão ainda foi expulso no fim, mas não tirou a alegria do torcedor do Bahia, que findou um jejum de dois meses sem triunfos.
*Sob a supervisão do editor Nelson Luis
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