Na reestreia de Guto, Bahia encara Athletico-PR com esperança de repetir sucesso
Que pedreira, hein? O Bahia vai à Arena da Baixada, neste sábado, 9, às 19h, enfrentar o Athletico Paranaense, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão, nesta temporada, está na final da Sul-Americana, nas semi da Copa do Brasil e na zona de classificação à próxima Libertadores. Mas não tem sido mesmo novidade o Bahia entrar em campo com o adversário como amplo favorito.
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É o caso neste sábado, 9, pela posição e desempenho do Tricolor. Por isso, o torcedor precisa se agarrar em algumas coincidências e até superstições para acreditar que é possível voltar a Salvador com o triunfo. O interessante dessa reestreia de Guto Ferreira pelo Bahia é que, na sua primeira passagem, o treinador fez sua partida inaugural na Série A justamente batendo o Athletico, e por 6 a 2.
Naquela ocasião, o Bahia esteve atrás do placar duas vezes, mas reverteu. O adversário abriu o marcador com Guilherme, mas o Esquadrão foi buscar com Tiago, fuzilando de cabeça. O Furacão voltou a ficar na frente, também com um zagueiro: Marcão. Daí em diante, foi uma chuva de gols do Bahia, que balançou a rede quatro vezes em sete minutos. Zé Rafael, Edigar Junio e Régis, duas vezes, marcaram. Edson fez mais um no segundo tempo, em jogo com ‘estilo Guto’ de jogar: veloz e reativo.
No comando do Esquadrão, o treinador voltou a enfrentar o Athletico mais uma vez – já na sua segunda passagem, em 2018, empatou em 0 a 0. Aliás, desde 2015, quando já estava na Chapecoense, Guto só perdeu para o Furacão em uma oportunidade. Foi um 2 a 0 na Arena da Baixada, na 33ª rodada do Brasileirão 2020, pelo Ceará. Além desse, foram outros oito jogos – quatro empates e quatro triunfos.
Melhoria no repertório
O Athletico é, no momento, um time melhor que o Bahia. No histórico, o confronto direto demonstra a mesma coisa: são 19 derrotas contra o time paranaense, enquanto o Bahia só venceu 10. Só que o Esquadrão tem revertido isso: nos últimos dois jogos, foram dois triunfos.
Não só isso, como o Tricolor nunca havia vencido o Furacão fora de casa até 2011. Foi lá e fez a festa, e repetiu o triunfo pela Sul-Americana em 2018. Ou seja, o Bahia conseguiu em tempos recentes algo que não alcançou nos 42 anos anteriores de duelos.
Assumir a responsabilidade
Em sua entrevista de apresentação, na sexta-feira, 8, o técnico Guto Ferreira falou do passo a passo necessário para recolocar o Bahia nos trilhos. “Grupo vencedor não transfere responsabilidades. Internamente, assume responsabilidade e respeita regras do grupo. É momento de fechamento interno para que a força de todos juntos possa reverter essa situação, retomar o caminho das vitórias. Na hora que perde, perde todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo”, alertou.
Outro ponto importante para essa sequência de temporada será corrigir a defesa. O Bahia é o time mais vazado do Brasileirão, empatado com a lanterna, Chapecoense, com 38 gols sofridos. O Santos é o terceiro pior: 29 vezes a bola entrou em suas redes.
No entanto, Guto ressalta que a correção da zaga não deve ser imediata, e demanda trabalho. “A gente já começou a bater em cima, organizar, repetir bastante os movimentos e passar confiança. O sistema defensivo, e não a defesa. O sistema engloba 11 jogadores e não três, quatro, cinco”, afirmou.
Para esse desafio, o treinador não poderá contar de imediato com Conti. Além dele, Cirino, Rossi e Rodallega são ausências confirmadas – todos se recuperam de lesão. Lucas Araújo, expulso no último jogo, também não pode ser escalado. De resto, Rodriguinho tem retorno aprovado, após se recuperar de pancada na costela.