BATEU SAUDADE
Sem substituto direto, Rodallega começa a fazer falta ao Bahia
Lesionado, o atacante colombiano deve retornar aos gramados somente em meados de maio
Até a última terça-feira não tinha dado para sentir muita saudade de Hugo Rodallega. O artilheiro do Bahia nesta temporada, com 12 gols marcados, deixou o campo aos 12 minutos do segundo tempo do jogo de estreia do time na Série B, duas semanas atrás, contra o Cruzeiro.
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Naquele momento, o placar apontava 0 a 0. E logo depois, já com Davó e Jacaré em campo, o Bahia construiu o 2 a 0 que levou ao delírio a torcida na Fonte Nova. O simpático atacante cearense com nome de réptil fez dois gols, um deles com passe de Davó.
Na rodada seguinte da Série B, o jogo foi para lá de atípico. Borel colocou o Esquadrão em vantagem logo no início do confronto com o Náutico e acabou expulso na comemoração – levou o segundo cartão amarelo por ter tirado a camisa. No restante da partida, o Tricolor apenas se defendeu.
Pois nesta terça, finalmente a saudade do colombiano bateu, e muito dolorida. Contra o modesto Azuriz, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, em plena Arena Fonte Nova, o Bahia não saiu de um xoxo 0 a 0. A bola rondou e rondou as proximidades da área da equipe paranaense, mas nenhuma chance de fato clara de gol foi criada. Faltou a incisividade do camisa 9.
E vai continuar faltando. “Rodallega sofreu uma lesão grau 2 na musculatura anterior da coxa direita, já tem 11 dias de evolução, mas continua com uma dorzinha residual e está na fisioterapia”, afirmou o coordenador médico do clube, Rodrigo Daniel, que preferiu não estipular uma data para o retorno do jogador aos gramados, mas avisou: “Geralmente essas lesões demoram pelo menos 30 dias para cicatrizar, e a gente ainda vai aguardar a próxima semana pra ter uma previsão”.
Levando em conta o tempo mínimo de cicatrização informado pelo médico, aliado ao prazo necessário para o recondicionamento físico, o colombiano só deverá ficar à disposição do técnico Guto Ferreira em meados ou final de maio.
As opções
Enquanto isso, Guto vai testando opções. Não há no elenco nenhum centroavante com as características de Rodallega – o tipo clássico, que faz pivô e tem muita presença de área. O clube não contratou nem deu enfoque no mercado à busca por esse substituto natural do jogador de 36 anos.
Quem mais se aproxima de um típico camisa 9 é o prata-da-casa Marcelo Ryan, mas ele ainda não convenceu nas poucas chances que teve no time principal (realizou oito jogos e marcou só um gol, não contando as partidas que o Bahia fez com o ‘time B’ nos estaduais de 2021 e 2022).
Contra o Azuriz, Ryan só entrou no apagar das luzes. Antes, foi a campo o baixinho e veloz Davó, contratado com a credencial de jogar também como atacante centralizado. Por enquanto, no Tricolor, ele não balançou a rede, mas deu uma assistência em jogada típica de ponta.
Diante do Náutico, por conta de um desconforto muscular, Davó foi desfalque, e na última terça provavelmente não começou a partida por ter tido pouco tempo para se recuperar do problema físico. Na sexta-feira, 22, em Maceió, contra o CSA, pela terceira rodada da Segundona, ele tem boa chance de iniciar o jogo no lugar de Raí, que vem mal tecnicamente e foi substituído no intervalo do confronto com o Azuriz.
“Rodallega faz falta, né?! (risos). Um cara muito inteligente, sabe se posicionar. Quando ele jogou, nós enfrentamos e furamos defesas em bloco baixo. Ele tem experiência, bagagem. Isso sem contar que quem jogou ali está chegando, se entrosando com o time. E nenhum dos dois [Jacaré e Davó] é totalmente 9, embora possam jogar de 9. Como o Ronaldo também pode jogar. E tem o Marcelo, que é 9 e tem jogado em determinadas situações”, analisou o cenário Guto Ferreira.
Outros lesionados
Com lesão semelhante à de Rodallega, mas há mais tempo fora de combate, o meia argentino Lucas Mugni já está na fase de transição, com a preparação física. É outro que não tem previsão de retorno.
Já o lateral Douglas Borel, que saiu da partida de terça reclamando muito de dores no joelho direito, preocupa, mas aparentemente não tanto quanto parecia pela sua reação no jogo. “Ele já está bem melhor, com a mobilidade do joelho preservada, não tem inchaço. Amanhã (quarta-feira) vamos reavaliar e provavelmente fazer exame de imagem”, disse o médico Rodrigo Daniel logo depois da partida.
O Bahia reiniciou os treinamentos ontem no CT Evaristo de Macedo, volta a trabalhar nesta quinta-feira e, na sequência, viaja para Maceió.
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