EC VITÓRIA
Condé após derrota: "Está muito longe daquilo que penso de futebol"
Treinador admitiu fragilidade nas bolas aéreas, mas isentou culpa exclusiva dos zagueiros
Por Victor Razoni

Ainda sem vencer no comando técnico do Vitória, Léo Condé concedeu uma entrevista logo após o apito final do jogo contra o Náutico, onde o Rubro-Negro perdeu de virada pelo placar de 3 a 2. Com o resultado, o Vitória segue sem vencer e se complicou ainda mais na Copa do Nordeste, com apenas dois pontos conquistados.
O treinador esteve perto de finalmente vencer seu primeiro jogo à frente do Vitória, onde o time chegou a ficar à frente do placar por duas vezes, mas não conseguiu segurar o Náutico nos minutos finais da partida, realizada na noite desta quinta-feira, 23, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste.
“A gente fez um bom primeiro tempo com o que trabalhou ao longo da semana, alternância de corredor, volantes dando sustentação para liberar os laterais. A gente conseguiu executar bem isso, fizemos dois gols. Se a gente usasse mais espaço poderia ter feito até mais. Infelizmente, sofremos o gol de escanteio, algo recorrente que treinamos e ajustamos. Voltamos a sofrer o gol de bola parada, desestabilizou e criou um desequilíbrio emocional. Mas fomos tentar o empate, criamos situações, o goleiro fez uns dois milagres ali. Agora é continuar trabalhando, melhorando esse aspecto ofensivo e corrigir na bola parada. Algo assustador a quantidade de gols sofrida pela equipe. Mudar peças”, falou o treinador.
Além da má fase no Nordestão, o Rubro-Negro também vive situação bastante delicada no Campeonato Baiano, onde depende não apenas de vencer seu próprio jogo, como torcer para seu maior rival vencer o Itabuna, caso queira sonhar com a classificação para a próxima fase do Baianão 2023. Mas o treinador mantém a esperança do Vitória ainda avançar nas duas competições.
“Momento difícil, a gente entende perfeitamente a insatisfação do torcedor. É pertinente. Mas cabe a mim, tenho histórico, uma carreira, onde, na maioria das vezes, consegui alcançar bons resultados, às vezes alguns não encaixaram, mas tenho convicção que podemos desenvolver um bom trabalho no Vitória. Momento crítico, ruim, mas vejo dentro do próprio elenco, boas peças, que foi todo reformulado, isso atrapalha nesse início de temporada. Acho que se a gente continuar trabalhando, busquei fazer ajustes neste dias de treino, estava incomodando, queria que a equipe tivesse mais argumento ofensivo, focamos muito. A gente atingiu, mas está muito longe daquilo que penso de futebol. Acho que a gente consegue extrair e melhorar quando tiver esse tempo”, frisou Condé.
Por fim, o comandante também falou dos gols que o Vitória levou no jogo contra o Náutico, e defendeu a dupla de zaga: Camutanga e Dankler. Para o técnico, os dois fizeram um bom jogo e os gols de bola parada foram falhas do time como um todo. Ele ainda aproveitou e falou que o zagueiro Marco Antônio vai ter oportunidade no decorrer da temporada
“Quando se toma gol de bola parada sempre vai em cima dos zagueiros. Dankler e Camutanga fizeram um jogo seguro, bola aérea não é só os zagueiros. Primeiro gol a gente demorou, eles tiveram expertise, segundo qualidade do Souza. Marco Antônio vai ter a oportunidade dele. Se eu mudar a cada jogo cinco, seis peças o time vai se complicar. Vou vendo nos treinos e jogos até chegar ao melhor time’’, completou o treinador.
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