EC.VITÓRIA
Vitória bate Vasco, ganha a primeira fora e encerra jejum de triunfos
Por Sérgio Loureiro* e Gabriel Conceição
Um triunfo no sufoco e que não condiz com o futebol apresentado neste domingo, 13. Ainda assim, o importante é que diante do Vasco, em São Januário, o Vitória venceu por 3 a 2 e conquistou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro.
>>Veja a tabela de classificação
O resultado não tira o rubro-negro da zona de rebaixamento, mas o deixa mais próximo da saída. Agora o time ocupa a 17ª colocação, com 4 pontos - um a menos que o Bahia, primeiro fora do Z-4. Já o Vasco cai para a 6º, com 7 pontos e uma partida a menos. Na próxima rodada, o Leão recebe o Ceará, às 11h do domingo.
Vagner Mancini escalou um time diferente, com seis mudanças em relação ao jogo contra o Corinthians, na última quinta-feira. Não só a falta de entrosamento pode ser apontada como fator preponderante para a má atuação do time. Deve-se aliar a isso um time que evidencia sua limitação técnica e sua deficiência tática, principalmente na defesa. Trata-se de um resultado para comemorar, mas de uma partida para esquecer, diante do mau desempenho coletivo.
O jogo
Os dois times começaram pressionando a saída de bola adversária. O Vitória, adotando o esquema 4-2-3-1, tinha Rhayner e Wallyson abertos nas pontas. A formação, no entanto, deixou o time espaçado, dificultando as tabelas - algo muito presente no início de ano do Vitória e que se tornou a principal qualidade do time de Mancini.
Sem a troca de passes, o recurso encontrado foi o lançamento. Essa, inclusive, também era a arma do rival. A diferença era que a desarrumada zaga rubro-negra sofria mais com as investidas vascaínas.
Os dois times abusaram dos erros de passes, principalmente entre a zona intermediária e a defesa. Foi assim que, aos 16 minutos, o volante Desábato recuou mal para Martín Silva e possibilitou que, após Neilton dividir com o arqueiro, a bola sobrasse para André Lima, com o gol escancarado, apenas empurrar para o fundo das redes e abrir o marcador para o Leão.
Após o tento, o Vitória parou de jogar. O time chegou a ter apenas 12% da posse de bola. A sorte rubro-negra era que a bola queimava nos pés dos jogadores do Vasco.
Sem conseguir com a bola rolando, a oportunidade dos cariocas veio na bola parada, quando Rhayner cometeu pênalti infantil em Wagner. Andrés Ríos bateu e Caíque defendeu. No rebote, o próprio goleiro cometeu outro pênalti, desta vez em Yago Pikachu. O lateral assumiu a responsabilidade e mandou no canto esquerdo para empatar a partida.
Na volta do intervalo, o Vitória permaneceu acuado e o Vasco cresceu no jogo. Basttante exigido, Caíque salvou o Leão em chutes de Rafael Galhardo e Yago Pikachu. A pressão se encaminhava para mais uma derrota fora de casa.
Mas Mancini tinha uma carta na manga. Aos 23 minutos, o técnico sacou Rhayner e colocou em campo Lucas Fernandes. Em seu primeiro toque na bola, o atacante - que não marcava um gol há dois anos - invadiu a área e chutou colocado, contando com desvio no marcador para vencer Martín Silva e colocar o Vitória novamente na frente.
Lucas quase fez seu segundo tento, mas parou na trave. Na sequência, após escanteio, a bola desviou em Werley e entrou lentamente na rede. Gol contra que encaminhou o triunfo rubro-negro.
Poderia ser um final tranquilo, mas o Vitória tratava de complicar sua própria situação. Aos 38 minutos, novo erro de posicionamento defensivo e Andrés Ríos, sozinho, teve tranquilidade para anotar seu tento. O Vasco seguiu pressionando e teve chances de empatar, mas parou em Caíque e na má pontaria.
Cinco minutos tiraram o Vitória da iminente crise e o levaram à redenção. Um momento de alívio que o torcedor espera durar mais do que cinco minutos.
*Sob supervisão do editor interino Lucas Cunha
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes